Solidão
Autor poeta
Raimundo Nonato da
silva
O cárcere da solidão
De pouco a pouco me
arrasa
Como um peixe fora da
água
Um pássaro que perdeu
uma asa
Sinto-me sem liberdade
Até quando estou em
casa
Cavaleiro solitário
Na cela da solidão
Sinto-me como um
escravo
Que espera a abolição
E a carta de alforria
Que lhe dê libertação
Nunca pensei que um
dia
Eu ficasse triste
assim
E com medo de mim
mesmo
Tenho fugido de mim
O que será do meu eu
Se me encontrar no fim
Eu queria me esconder
Pra nunca mais me achar
Perdi-me escondendo
Quando fui me procurar
Não sei onde me
escondi
Que não pude me
encontrar
Estou em algum lugar
Só não sei o endereço
Já procurei me lembrar
Mas, agora reconheço.
Que eu tenho que votar
Para um novo recomeço
A alma grita pro corpo
Estou a sua procura
E corpo responde a
alma
Não vamos fazer
mistura
A vida é feita de tudo
De amargor e doçura
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