Poeta Raimundo Nonato

quinta-feira, 5 de março de 2015

Gonçalves Dias



Falando um poço em Gonçalves Dias
Raimundo Nonato


Em oitos centos e vinte três
Gonçalves Dias nasceu
E em mil e oito centos
Sessenta e quatro morreu
Poesia com encantos
Eu gosto muito dos cantos
Que Gonçalves escreveu

Indianismo romântico
Nacionalismo também
O poeta indianista
Uma vasta obra tem
Mestre da literatura
Enriquecendo a cultura
Até hoje ainda vem

Foi um dos melhores líricos
Da nossa literatura
O único que conseguiu
Contar do índio a bravura
E sentimento de honra
Os livrando da desonra
Falando a verdade pura

Linda canção do exílio
E se se morre de amor
Obras de Gonçalves Dias
Grande poeta escritor
Antologias poéticas
Que tem sublime valor

Amor saudade e tristeza
E até melancolia
Como és tu, ainda uma vez
Mar, tarde, e a noite fria
Como adeus, e os seus olhos
Está em sua poesia

O leito de folhas verdes
E sentimento amoroso
Juca Pirama, e a canção
Do tamoio em som choroso
Deprecação, e o canto
Do piaga eu acho honroso

Primeiro e segundo cantos
E sextilha de santo Antão
Os últimos cantos os timbiras
Escreveu com perfeição
E a canção do exílio
Linda letra da canção


domingo, 7 de setembro de 2014

O Cangaceiro

A Arvore do Dinheiro

A moça que dançou depois de morta

Literatura de Cordel

Cordel da historia



Cordel da historia
Do vale dos dinossauros
Poeta Raimundo Nonato

Foi em mil e oito centos
E noventa e sete, aliás,
Anísio Fausto da Silva
Procurando os animeis
Encontrou dos dinossauros
As pegadas principais

Na passagem das pedras viu
Uma trilha de grandes pegadas
No leito do rio seco
Sobre as pedras aprofundadas
Pegadas dos dinossauros
Daquelas épocas passadas

Pensou que eram pegadas
De bois sem convicção
Alarmou pra Sousa em peso
Toda nossa região
Que eram pegadas de bois
O povo disse que não

E em mil e nove centos
E vinte e quatro o primeiro
Geólogo a ouvir a história
E se interessar por inteiro
Foi Luciano Taquis
De Morais foi um mineiro

Assim que viu as pegadas
Quase que ele dava o nome
Mas falou não é de boi
De ema nem d lobisomem
Com a maquina lambe, e lambe.
Tirou fotos de renome

Enviou para o laboratório
De pesquisa na Inglaterra
Veio dos inteligentes
A resposta que não erra
Que eram dos dinossauros
As pegadas em nossa terra

E do período cretáceo
E de cento e dez milhões
De anos a traz e em estado
De perfeitas conservações
De quarenta a setenta hectares
Nessas nossas regiões

Com a peregrinação
Cientistas americanos
Recortaram duas mostras
Com intenções e bons planos
Era duma mostra pra outra
O espaço de dois anos

Foi em mil e nove centos
E vinte quatro a vez primeira
Amostra e em mil e nove
Cento foi dessa maneira
Mandaram a segunda mostra
Para uma terra estrangeira

Uma mostra foi pros estados
Unidos e outra pra França
Se fosse hoje era um crime
Ambiental com finança
Mesmo assim Sousa pra eles
Deu a total confiança

Os sítios arqueológicos
Vizinhos a Sousa são
Vinte e um sítios espalhados
Por toda essa região
E o vale hoje é pra Sousa
O espelho do sertão

Só mente na região
Mais de trezentos e trinta
Ocorrências descobertas
É bom que ninguém desminta
Sobre os fósseis encontrados
Estude aprenda e consinta

A gente encontra sinais
Rupestre e até pintura
Nos sítios arqueológicos
Com total desenvoltura
Mistura história com arte
Bota na literatura

Hoje faz parte da cultura
Protegido por concreto
Desvia a água do rio
Do peixe por meio correto
Hoje por cima das pegadas
A passarela é um teto

Por cima da passarela
Da uma boa visão
Rastro de bois e de emas
Na ótima observação
E os rastros dos dinossauros
Aprofundados no chão
São cinquenta e três pegadas
No rio e é meio estranho
E de cinquenta centímetros
Menos ou mais é o tamanho
Que cada pegada tem
De perto eu tudo acompanho

Na região de Sousa há
Outros sítios descobertos
Por Giuseppe Leonardi
Um dos paleontólogos espertos
Ele em Sousa descobriu
Estudos por melos certos

Foi em mil e nove centos
Setenta e cinco aportou
E chegou à Paraíba
E no mato ele habitou
Com informações e estudo
Muita coisa ele encontrou

E pedindo informações
Ao vaqueiro e o caçador
Buscando eventuais pistas
Descobrindo com amor
Além de paleontólogo
Giuseppe era escritor
Sempre com um companheiro
Junto a ele em seu caminho
O povo dava um cantil
De água e até um pãozinho
Mas ele buscava tudo
Com todo amor e carinho

Quando a fome apertava
Ele fazia uma mistura
Feijão com arroz mocotó
Tripa fina grossa ou dura
E relembro Robson Marques
Que é uma grande figura

Do paleontólogo Leonardi
Robson Marque era o guia
Leonard voltou pra Itália
Mas de Sousa não esquecia
Vinha uma vez por ano
Ver amigos com alegria

Quando chegava fazia
Pesquisa que representa
No serrote verde conhecido
Como a serra da pimenta
Vagar por serras e vales
Conforme o cordel comenta
Descobriu em novos sítios
Bem pertinho da cidade
As sete pegadas de
Saurópodo e é verdade
Um dinossauro que tinha
Pescoção na realidade

Descobriu quatro pegadas
De stegossauro grandão
Tinha placas ósseas nas costas
Pesa mais que um caminhão
Era do tamanho de um ônibus
Nas estradas do sertão

A segunda trilha fica
No serrote do litreiro
As cinco pegadas de
Carnossauro verdadeiro
Em alto relevo estão
Assim diz o violeiro

Três nítidas lindas a vista
E duas danificadas
Pelas águas e adaptação
Indicam bem indicadas
São do período cretáceo
Mas estão bem conservadas
Com a barba grande grisalha
Merece o nosso elogio
O poeta Robson Marques
O chamado velho do rio
No vale dos dinossauros
Enfrentando o desafio

O parque dos dinossauros
Mais de oitenta espécies tem
A maioria carnívora
Poucas herbívoras também
Dinossauros voadores
Diz o estudo de alguém

Caçando gado perdido
Descobriram dinossauro
Saurópodos pescoção
E até o stegossauro
Os herbívoros e carnívoros
Chamado de carnossauro

No vale do rio do peixe
Está Sousa terra boa
E o vale dos dinossauros
Quem vai gosta e não enjoa
A quatro centos e trinta quilômetros
Da capital João pessoa

quinta-feira, 3 de julho de 2014



Cordel da historia
Do vale dos dinossauros
Poeta Raimundo Nonato

Foi em mil e oito centos
E noventa e sete, aliás,
Anísio Fausto da Silva
Procurando os animeis
Encontrou dos dinossauros
As pegadas principais

Na passagem das pedras viu
Uma trilha de grandes pegadas
No leito do rio seco
Sobre as pedras aprofundadas
Pegadas dos dinossauros
Daquelas épocas passadas

Pensou que eram pegadas
De bois sem convicção
Alarmou pra Sousa em peso
Toda nossa região
Que eram pegadas de bois
O povo disse que não

E em mil e nove centos
E vinte e quatro o primeiro
Geólogo a ouvir a história
E se interessar por inteiro
Foi Luciano Taquis
De Morais foi um mineiro

Assim que viu as pegadas
Quase que ele dava o nome
Mas falou não é de boi
De ema nem d lobisomem
Com a maquina lambe, e lambe.
Tirou fotos de renome

Enviou para o laboratório
De pesquisa na Inglaterra
Veio dos inteligentes
A resposta que não erra
Que eram dos dinossauros
As pegadas em nossa terra

E do período cretáceo
E de cento e dez milhões
De anos a traz e em estado
De perfeitas conservações
De quarenta a setenta hectares
Nessas nossas regiões

Com a peregrinação
Cientistas americanos
Recortaram duas mostras
Com intenções e bons planos
Era duma mostra pra outra
O espaço de dois anos

Foi em mil e nove centos
E vinte quatro a vez primeira
Amostra e em mil e nove
Cento foi dessa maneira
Mandaram a segunda mostra
Para uma terra estrangeira

Uma mostra foi pros estados
Unidos e outra pra França
Se fosse hoje era um crime
Ambiental com finança
Mesmo assim Sousa pra eles
Deu a total confiança

Os sítios arqueológicos
Vizinhos a Sousa são
Vinte e um sítios espalhados
Por toda essa região
E o vale hoje é pra Sousa
O espelho do sertão

Só mente na região
Mais de trezentos e trinta
Ocorrências descobertas
É bom que ninguém desminta
Sobre os fósseis encontrados
Estude aprenda e consinta

A gente encontra sinais
Rupestre e até pintura
Nos sítios arqueológicos
Com total desenvoltura
Mistura história com arte
Bota na literatura

Hoje faz parte da cultura
Protegido por concreto
Desvia a água do rio
Do peixe por meio correto
Hoje por cima das pegadas
A passarela é um teto

Por cima da passarela
Da uma boa visão
Rastro de bois e de emas
Na ótima observação
E os rastros dos dinossauros
Aprofundados no chão
São cinquenta e três pegadas
No rio e é meio estranho
E de cinquenta centímetros
Menos ou mais é o tamanho
Que cada pegada tem
De perto eu tudo acompanho

Na região de Sousa há
Outros sítios descobertos
Por Giuseppe Leonardi
Um dos paleontólogos espertos
Ele em Sousa descobriu
Estudos por melos certos

Foi em mil e nove centos
Setenta e cinco aportou
E chegou à Paraíba
E no mato ele habitou
Com informações e estudo
Muita coisa ele encontrou

E pedindo informações
Ao vaqueiro e o caçador
Buscando eventuais pistas
Descobrindo com amor
Além de paleontólogo
Giuseppe era escritor
Sempre com um companheiro
Junto a ele em seu caminho
O povo dava um cantil
De água e até um pãozinho
Mas ele buscava tudo
Com todo amor e carinho

Quando a fome apertava
Ele fazia uma mistura
Feijão com arroz mocotó
Tripa fina grossa ou dura
E relembro Robson Marques
Que é uma grande figura

Do paleontólogo Leonardi
Robson Marque era o guia
Leonard voltou pra Itália
Mas de Sousa não esquecia
Vinha uma vez por ano
Ver amigos com alegria

Quando chegava fazia
Pesquisa que representa
No serrote verde conhecido
Como a serra da pimenta
Vagar por serras e vales
Conforme o cordel comenta
Descobriu em novos sítios
Bem pertinho da cidade
As sete pegadas de
Saurópodo e é verdade
Um dinossauro que tinha
Pescoção na realidade

Descobriu quatro pegadas
De stegossauro grandão
Tinha placas ósseas nas costas
Pesa mais que um caminhão
Era do tamanho de um ônibus
Nas estradas do sertão

A segunda trilha fica
No serrote do litreiro
As cinco pegadas de
Carnossauro verdadeiro
Em alto relevo estão
Assim diz o violeiro

Três nítidas lindas a vista
E duas danificadas
Pelas águas e adaptação
Indicam bem indicadas
São do período cretáceo
Mas estão bem conservadas
Com a barba grande grisalha
Merece o nosso elogio
O poeta Robson Marques
O chamado velho do rio
No vale dos dinossauros
Enfrentando o desafio

O parque dos dinossauros
Mais de oitenta espécies tem
A maioria carnívora
Poucas herbívoras também
Dinossauros voadores
Diz o estudo de alguém

Caçando gado perdido
Descobriram dinossauro
Saurópodos pescoção
E até o stegossauro
Os herbívoros e carnívoros
Chamado de carnossauro

No vale do rio do peixe
Está Sousa terra boa
E o vale dos dinossauros
Quem vai gosta e não enjoa
A quatro centos e trinta quilômetros
Da capital João pessoa