Poeta Raimundo Nonato

domingo, 7 de setembro de 2014

O Cangaceiro

A Arvore do Dinheiro

A moça que dançou depois de morta

Literatura de Cordel

Cordel da historia



Cordel da historia
Do vale dos dinossauros
Poeta Raimundo Nonato

Foi em mil e oito centos
E noventa e sete, aliás,
Anísio Fausto da Silva
Procurando os animeis
Encontrou dos dinossauros
As pegadas principais

Na passagem das pedras viu
Uma trilha de grandes pegadas
No leito do rio seco
Sobre as pedras aprofundadas
Pegadas dos dinossauros
Daquelas épocas passadas

Pensou que eram pegadas
De bois sem convicção
Alarmou pra Sousa em peso
Toda nossa região
Que eram pegadas de bois
O povo disse que não

E em mil e nove centos
E vinte e quatro o primeiro
Geólogo a ouvir a história
E se interessar por inteiro
Foi Luciano Taquis
De Morais foi um mineiro

Assim que viu as pegadas
Quase que ele dava o nome
Mas falou não é de boi
De ema nem d lobisomem
Com a maquina lambe, e lambe.
Tirou fotos de renome

Enviou para o laboratório
De pesquisa na Inglaterra
Veio dos inteligentes
A resposta que não erra
Que eram dos dinossauros
As pegadas em nossa terra

E do período cretáceo
E de cento e dez milhões
De anos a traz e em estado
De perfeitas conservações
De quarenta a setenta hectares
Nessas nossas regiões

Com a peregrinação
Cientistas americanos
Recortaram duas mostras
Com intenções e bons planos
Era duma mostra pra outra
O espaço de dois anos

Foi em mil e nove centos
E vinte quatro a vez primeira
Amostra e em mil e nove
Cento foi dessa maneira
Mandaram a segunda mostra
Para uma terra estrangeira

Uma mostra foi pros estados
Unidos e outra pra França
Se fosse hoje era um crime
Ambiental com finança
Mesmo assim Sousa pra eles
Deu a total confiança

Os sítios arqueológicos
Vizinhos a Sousa são
Vinte e um sítios espalhados
Por toda essa região
E o vale hoje é pra Sousa
O espelho do sertão

Só mente na região
Mais de trezentos e trinta
Ocorrências descobertas
É bom que ninguém desminta
Sobre os fósseis encontrados
Estude aprenda e consinta

A gente encontra sinais
Rupestre e até pintura
Nos sítios arqueológicos
Com total desenvoltura
Mistura história com arte
Bota na literatura

Hoje faz parte da cultura
Protegido por concreto
Desvia a água do rio
Do peixe por meio correto
Hoje por cima das pegadas
A passarela é um teto

Por cima da passarela
Da uma boa visão
Rastro de bois e de emas
Na ótima observação
E os rastros dos dinossauros
Aprofundados no chão
São cinquenta e três pegadas
No rio e é meio estranho
E de cinquenta centímetros
Menos ou mais é o tamanho
Que cada pegada tem
De perto eu tudo acompanho

Na região de Sousa há
Outros sítios descobertos
Por Giuseppe Leonardi
Um dos paleontólogos espertos
Ele em Sousa descobriu
Estudos por melos certos

Foi em mil e nove centos
Setenta e cinco aportou
E chegou à Paraíba
E no mato ele habitou
Com informações e estudo
Muita coisa ele encontrou

E pedindo informações
Ao vaqueiro e o caçador
Buscando eventuais pistas
Descobrindo com amor
Além de paleontólogo
Giuseppe era escritor
Sempre com um companheiro
Junto a ele em seu caminho
O povo dava um cantil
De água e até um pãozinho
Mas ele buscava tudo
Com todo amor e carinho

Quando a fome apertava
Ele fazia uma mistura
Feijão com arroz mocotó
Tripa fina grossa ou dura
E relembro Robson Marques
Que é uma grande figura

Do paleontólogo Leonardi
Robson Marque era o guia
Leonard voltou pra Itália
Mas de Sousa não esquecia
Vinha uma vez por ano
Ver amigos com alegria

Quando chegava fazia
Pesquisa que representa
No serrote verde conhecido
Como a serra da pimenta
Vagar por serras e vales
Conforme o cordel comenta
Descobriu em novos sítios
Bem pertinho da cidade
As sete pegadas de
Saurópodo e é verdade
Um dinossauro que tinha
Pescoção na realidade

Descobriu quatro pegadas
De stegossauro grandão
Tinha placas ósseas nas costas
Pesa mais que um caminhão
Era do tamanho de um ônibus
Nas estradas do sertão

A segunda trilha fica
No serrote do litreiro
As cinco pegadas de
Carnossauro verdadeiro
Em alto relevo estão
Assim diz o violeiro

Três nítidas lindas a vista
E duas danificadas
Pelas águas e adaptação
Indicam bem indicadas
São do período cretáceo
Mas estão bem conservadas
Com a barba grande grisalha
Merece o nosso elogio
O poeta Robson Marques
O chamado velho do rio
No vale dos dinossauros
Enfrentando o desafio

O parque dos dinossauros
Mais de oitenta espécies tem
A maioria carnívora
Poucas herbívoras também
Dinossauros voadores
Diz o estudo de alguém

Caçando gado perdido
Descobriram dinossauro
Saurópodos pescoção
E até o stegossauro
Os herbívoros e carnívoros
Chamado de carnossauro

No vale do rio do peixe
Está Sousa terra boa
E o vale dos dinossauros
Quem vai gosta e não enjoa
A quatro centos e trinta quilômetros
Da capital João pessoa

quinta-feira, 3 de julho de 2014



Cordel da historia
Do vale dos dinossauros
Poeta Raimundo Nonato

Foi em mil e oito centos
E noventa e sete, aliás,
Anísio Fausto da Silva
Procurando os animeis
Encontrou dos dinossauros
As pegadas principais

Na passagem das pedras viu
Uma trilha de grandes pegadas
No leito do rio seco
Sobre as pedras aprofundadas
Pegadas dos dinossauros
Daquelas épocas passadas

Pensou que eram pegadas
De bois sem convicção
Alarmou pra Sousa em peso
Toda nossa região
Que eram pegadas de bois
O povo disse que não

E em mil e nove centos
E vinte e quatro o primeiro
Geólogo a ouvir a história
E se interessar por inteiro
Foi Luciano Taquis
De Morais foi um mineiro

Assim que viu as pegadas
Quase que ele dava o nome
Mas falou não é de boi
De ema nem d lobisomem
Com a maquina lambe, e lambe.
Tirou fotos de renome

Enviou para o laboratório
De pesquisa na Inglaterra
Veio dos inteligentes
A resposta que não erra
Que eram dos dinossauros
As pegadas em nossa terra

E do período cretáceo
E de cento e dez milhões
De anos a traz e em estado
De perfeitas conservações
De quarenta a setenta hectares
Nessas nossas regiões

Com a peregrinação
Cientistas americanos
Recortaram duas mostras
Com intenções e bons planos
Era duma mostra pra outra
O espaço de dois anos

Foi em mil e nove centos
E vinte quatro a vez primeira
Amostra e em mil e nove
Cento foi dessa maneira
Mandaram a segunda mostra
Para uma terra estrangeira

Uma mostra foi pros estados
Unidos e outra pra França
Se fosse hoje era um crime
Ambiental com finança
Mesmo assim Sousa pra eles
Deu a total confiança

Os sítios arqueológicos
Vizinhos a Sousa são
Vinte e um sítios espalhados
Por toda essa região
E o vale hoje é pra Sousa
O espelho do sertão

Só mente na região
Mais de trezentos e trinta
Ocorrências descobertas
É bom que ninguém desminta
Sobre os fósseis encontrados
Estude aprenda e consinta

A gente encontra sinais
Rupestre e até pintura
Nos sítios arqueológicos
Com total desenvoltura
Mistura história com arte
Bota na literatura

Hoje faz parte da cultura
Protegido por concreto
Desvia a água do rio
Do peixe por meio correto
Hoje por cima das pegadas
A passarela é um teto

Por cima da passarela
Da uma boa visão
Rastro de bois e de emas
Na ótima observação
E os rastros dos dinossauros
Aprofundados no chão
São cinquenta e três pegadas
No rio e é meio estranho
E de cinquenta centímetros
Menos ou mais é o tamanho
Que cada pegada tem
De perto eu tudo acompanho

Na região de Sousa há
Outros sítios descobertos
Por Giuseppe Leonardi
Um dos paleontólogos espertos
Ele em Sousa descobriu
Estudos por melos certos

Foi em mil e nove centos
Setenta e cinco aportou
E chegou à Paraíba
E no mato ele habitou
Com informações e estudo
Muita coisa ele encontrou

E pedindo informações
Ao vaqueiro e o caçador
Buscando eventuais pistas
Descobrindo com amor
Além de paleontólogo
Giuseppe era escritor
Sempre com um companheiro
Junto a ele em seu caminho
O povo dava um cantil
De água e até um pãozinho
Mas ele buscava tudo
Com todo amor e carinho

Quando a fome apertava
Ele fazia uma mistura
Feijão com arroz mocotó
Tripa fina grossa ou dura
E relembro Robson Marques
Que é uma grande figura

Do paleontólogo Leonardi
Robson Marque era o guia
Leonard voltou pra Itália
Mas de Sousa não esquecia
Vinha uma vez por ano
Ver amigos com alegria

Quando chegava fazia
Pesquisa que representa
No serrote verde conhecido
Como a serra da pimenta
Vagar por serras e vales
Conforme o cordel comenta
Descobriu em novos sítios
Bem pertinho da cidade
As sete pegadas de
Saurópodo e é verdade
Um dinossauro que tinha
Pescoção na realidade

Descobriu quatro pegadas
De stegossauro grandão
Tinha placas ósseas nas costas
Pesa mais que um caminhão
Era do tamanho de um ônibus
Nas estradas do sertão

A segunda trilha fica
No serrote do litreiro
As cinco pegadas de
Carnossauro verdadeiro
Em alto relevo estão
Assim diz o violeiro

Três nítidas lindas a vista
E duas danificadas
Pelas águas e adaptação
Indicam bem indicadas
São do período cretáceo
Mas estão bem conservadas
Com a barba grande grisalha
Merece o nosso elogio
O poeta Robson Marques
O chamado velho do rio
No vale dos dinossauros
Enfrentando o desafio

O parque dos dinossauros
Mais de oitenta espécies tem
A maioria carnívora
Poucas herbívoras também
Dinossauros voadores
Diz o estudo de alguém

Caçando gado perdido
Descobriram dinossauro
Saurópodos pescoção
E até o stegossauro
Os herbívoros e carnívoros
Chamado de carnossauro

No vale do rio do peixe
Está Sousa terra boa
E o vale dos dinossauros
Quem vai gosta e não enjoa
A quatro centos e trinta quilômetros
Da capital João pessoa

http://www.blogger.com/start:   FRAGMENTOS COTIDIANOS  -   Lázaro Barreto. -...

http://www.blogger.com/start:  
 
FRAGMENTOS COTIDIANOS  -   Lázaro Barreto.
 
-...
:     FRAGMENTOS COTIDIANOS    -    Lázaro Barreto.   - Entre as dez mil melhores frases publicadas na Revista VEJA (que agora...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

quem enxerga alem da vida



Quem enxerga além da vida
Ver onde está perigo
O bem que quer para o próximo
Também carrega consigo
Mesmo que venha um leão
Com ódio no coração
Chama o leão de amigo

Quem enxerga além da vida
Ama não ofende ninguém
Esquece os males passados
Seu peito rancor não tem
Já mais ficará em apura
Alegre espera o futuro
E os dias bons que vem

Quem enxerga além da vida
Seja lá fora ou aqui
O mal que não quer pra o próximo
Também não quer para si
Do inimigo é amigo
Mesmo se expondo ao perigo
Diz quero o bem pra te

Raimundo nonato


Quem enxerga além da vida
Só em Deus tem confiança
Não paga o mal com o mal
Ferido não quer vingança
Busca Deus como a saída
Quem enxerga além da vida
Tem paz fé e esperança

Quem enxerga além da vida
Adora Deus e é fã
E diz o que não veio ontem
Poderá vir amanhã
Nos perigosos caminhos
Pisa em pedras quebra espinhos
E anda em nuvens de lã

Quem enxerga além da vida
Com visão de raio xis
Ver nas faces das pessoas
Quem está triste e feliz
Acaba todo desanimo
Uma palavra de bom ânimo
Se alguém precisa ele diz

Raimundo Nonato



Luta



Na minha vida de luta
Guerra batalha e combate
Apesar do espirito forte
Minha matéria se abate
Mas com choro ou com desdouro
Sou provado como ouro
Que tem o melhor quilate

Vou derribando as barreiras
Arrebentando as muralharas
Obstáculos empecilhos
Desertos covas e fornalhas
Os rios os vales e os mares
Topos degraus e pilares
Pra conservar as medalhas

Quem se arrisca nas batalhas
Pode viver ou morrer
Tem o dia que se ganha
O dia de se perder
Mas quem é forte não para
Com Deus a coragem e a cara
Sei que um dia vou vencer

Raimundo Nonato