Poeta Raimundo Nonato

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Deus é vida

Deus é vida
Soneto autor
Raimundo Nonato da Silva

Deus é vida e vida é Deus
Digo com convicção
A luz dos caminhos meus
E minha respiração

Guiando as minhas passadas
Quebra pedras queima espinhos
Na saída ou na chegada
Deus é luz nos meus caminhos

Seu cair deus me levanta
Com a mão potente e santa
Dá-me coragem e conforto

É verbo e substantivo
Seu poder me mantém vivo
Mesmo seu estiver morto

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Amor que arde e queima

Amor que arde e queima
Autor poeta
Raimundo Nonato da silva

Sou solteiro e amo todas
Só não encontrei ainda
A mina cara metade
Doce sorridente linda
Na hora que Deus mandar
Se ela vir é bem vinda

Muitas mulheres me querem
Cada uma especial
Mas, a mulher que eu quero.
É a mulher ideal
Para se unir comigo
Numa vida conjugal

Tem que sê especial
Na alegria e na dor
Na saúde e na doença
Doadora e doador
Não amo por brincadeira
Dôo o verdadeiro amor

Já mais vou expor meu corpo
Na tal prostituição
Meu corpo eu só dou praquela
Que me der seu coração
Fidelidade pra sempre
Paz amor e união

Fazer amor com quem gosta
A gente faz com bom gosto
Fazer amor por fazer
Mesmo quando está disposto
Ao invés de sentir prazer
A gente sente desgosto

O amor só é composto
Quando um ao outro ama
Se o homem for labareda
E a mulher uma chama
O fogo que há nos dois
Pode incendiar a cama









Queima o colchão e a cama
Quando é amor verdadeiro
Um ao outro satisfaz
Ele dela é companheiro
Amor genuíno é dado
Não se compra com dinheiro

A parceira e o parceiro
Um ao outro se doado
O casal se alimenta
Na hora que estão se amado
Sexo é comida que um corpo
Do outro está precisando

A dor do amor da febre
E dói nos ossos da gente
Dói no corpo e dói na alma
No coração e na mente
Dói mais que dor de cabeça
Dor de ouvido e de dente

Eu não quero amor comprado
E já mais vou vender amor
Eu sou como um colibri
E a mulher uma flor
Eu fragrância e ela essência
Que tem o melhor odor

O amor guerreiro luta
Por amor se briga e teima
Amor que trás alegria
Calor ardente que queima
Cicatriz que deixa marca
Remédio que cura a reima

O amor é incolor
Mas. É rico em qualidade.
Amor de homem e mulher
Sim é amor de verdade
Pro isso estou à procura
Da minha cara metade




















quarta-feira, 20 de junho de 2012

José Gadelha e dono Mirim

José Gadelha e dono Mirim
Soneto árvores genealógicas
Poeta Raimundo nonato da silva

Doma Mirim e Zé Gadelha
Foram arvores genealógicas
Cada filho se espelha
No casal de boas lógicas

Zé Gadelha tronco forte
E dona Mirim a raiz
Seus filhos galhos da sorte
Geração prole feliz

Os seus netos são os ramos
Seus bisnetos nós chamamos
Frutos folhas copa e flores

Origem dos antepassados
Hoje os recentes gerados
Honram seus dignos valores



segunda-feira, 18 de junho de 2012

alope a beira mar

alope a beira mar
Autor poeGta
Raimundo Nonato da silva

Suas belas pernas seu corpo bem feito
Seus olhos bonitos sua boca pequena
Seu cabelo longo sua pele morena
Os seus seios duros cada um perfeito
E seu bombom lindo com todo respeito
Atrai-me bastante seu jeito de andar
Você é rainha que quero em meu lar
És princesa e musa namorada e dama
Noiva no namora esposa na cama
Nos dez de galope da beira do mar

Deixe-me ser seu homem e seja a mulher
Que eu escolhi para minha vida
A mais desejada amada e querida
Quero-lhe do tanto que você quiser
Dou-lhe o que gosta se você me der
O amor que quero para lhe amar
Como carne e unha sem desgarrar
Sou sua alma gemia minha cara metade
Você é alegria eu felicidade
Nos dez de galope da beira do mar

Sei que nosso amor está proibido
Você é casada e eu sou solteiro
Você é doutora eu sou violeiro
Você perseguida pelo seu marido
A gente se gosta se ama escondido
Para o povo e ele não desconfiar
Tem gente que gosta de cabuetar
Gente fuxiqueira gente dedo duro
Pode atrapalhar o nosso futuro
Nos dez de galope da beira do mar

Minha rosa branca eu sou o seu cravo
Se você for vida eu sou sua alma
Eu sou paciência você é a calma
E se for senhora serei seu escravo
Pra lhe defender sou guerreiro bravo
Tudo que vier irei enfrentar
Eu gosto da paz detesto brigar
Mais para ficar com você eu brigo
Encaro o exercito enfrento o perigo
Nos dez de galope da beira do mar



Mote decassílabo
Para ter paciência nesta vida, eu já fiz tudo isso e muito mais.
Autor poeta Raimundo Nonato da Silva

Tomei chá de camomila e cidreira
Na descama tentei entrar em como
E calmantes perdi até a soma
Pra ser calmo e tranqüilo a vida inteira
O meu carro da vida na carreira
Já quebrou o cronômetro e os sinais
Seu ponteiro não mede é incapaz
Impediu-me na hora da corrida
Para ter paciência nessa vida
Eu já fiz tudo isso e muito mais

Fui a traz de uma coisa que não tinha
E nem tenho porque eu nunca tive
Quem viver como eu não diz que vive
Se viver uma vida como a minha
Como trem que está fora da linha
E um barco que ta longe do cais
Procurei paciência calma e paz
Veio insônia na noite mal dormida
Para ter paciência nessa vida
Eu já fiz tudo isso e muito mais

Já andei sem roteiro e sem destino
Sem ter rumo buscado sem segredo
Uma hora coragem e noutra o medo
Na estrada do meu eu Pelegrino
Como quem perde o senso e eu sem tino
Fui deixando o meu sonho para traz
O projeto que fiz já se desfaz
Disse adeus no momento da partida
Para ter paciência nessa vida
Eu já fiz tudo isso e muito mais

Na verdade não tenho paciência
Ansioso perdi o meu sossego
E andando não sei aonde chego
De esperar já perdi a resistência
E sem calma mantive a desistência
Desesperos trouxeram muitos ais
Tomei ervas calmantes naturais
Pra esquecer cada batalha perdida
Para ter paciência nessa vida
Eu já fiz tudo isso e muito mais

   





sábado, 16 de junho de 2012

Homenagem ao trabalhado

Homenagem ao trabalhado
Raimundo Nonato da silva

Hoje é primeiro de maio
Dia do trabalhador
Parabéns ao artesão
Ao musico e o escultor
E o homem da mão grossa
O trabalhador da roça
Herói que enfrenta o calor

Médicos juizes e doutores
Promotores advogados
Policiais e professores
Que são mal remunerados
Vigilante e segurança
Babá que zela a criança
Todos devem ser lembrados

Parabeniso o pedreiro
Ajudante e arquiteto
Servente e mestre de obra
E o construtor correto
O pintor e o desenhista
Caixeiro e palhaço artista
Que deixa o circo completo

Controlista  e  sonoplasta
Locutor e radialista
Repórter em todas as matérias
Parabéns o jornalista
O jogador e goleiro
Assistente e enfermeiro
O ciclista e o trapezista

Motoqueiro motorista
Recepcionista e secretário
O gari e o açougueiro
Servidor e operário
Eu peço ao Deus de Grandeza
Que venha suprir a mesa
Do pobre funcionário

Parabéns ao empresário
Que com seu empreendimento
Produz empregos pra outros
E cresce com o crescimento
Fazendo os outros crescer
E Brasil desenvolver
Crescendo a todo o momento
O agricultor da roça
O pescador e o vaqueiro
Repentista cordelista
Sanfoneiro e seresteiro
O camelô e o mascate
O bombeiro e o engraxate
O leiteiro e o padeiro

Parabeniso o blogueiro
Que denuncia injustiça
Pastor que prega no culto
Padre que celebra missa
E a justiça que combate
A radio e dono de site
Que baba e é submissa

O banqueiro e o cambista
Que joga e o que não joga
Parabéns trabalhadores jovem
Que não se mete com droga
Parabéns cancioneiro
Que anda o Brasil inteiro
Com fé pede a Deus e roga

O carroceiro e o carteiro
Vendedor de carrocinha
De picolé e pastel
E espetinho gente minha
Cabeleireira manicura
Com cultura ou sem cultura
Eu saldo a nação todinha

O recicla dor de lixo
Merece o nosso respeito
Dono de casa ou domestica
Faz o serviço bem feito
Chapeado e estivador
Parabéns ao trabalhador

Aviador fazendeiro
Banqueiro dublê bancário
Farmacêutico diarista
Fotografo e veterinário
Cineasta atriz ator
Radialista escritor
Coveiro e ferroviário

Viciadores prefeitos
Governadores presidentes
Deputados e senadores
Ministros inteligentes
Se quer se sair dos críticos
Peço aos senhores políticos
Trabalhe pelos os carentes

Camareira cozinheira
Lavadeira e jardineiro
Governanta engomadeira
Oculista e engenheiro
Através desta mensagem
Faço uma simples homenagem
Ao trabalhador brasileiro

Marceneiro carpinteiro
E o mecânico varonil
Marinha, exercito aeronáutica.
E a defesa cível
Também o comerciante
Cada um é importante
Na construção do BrasilT





 

Morte vida riso e dor

Morte vida riso e dor
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva

Acho triste muito triste
É pesaroso de mais
Saber que um dia irei
Morar com meus ancestrais
Na cidade do alem tumulo
A onde mora os mortais

A morte leva e não traz
Do centro até o conjunto
Depois que o homem parte
Pra cidade de pés juntos
Despede-se dos viventes
Pra morar com os defuntos

São estes tristes assuntos
Que abatem minha estrutura
Se eu não fosse mais forte
Já tinha ido à loucura
Só em pensar que um dia
Vou morar na sepultura

No tumulo da amargura
Jazem mitos sepultados
Com certeza serei um
Dos tristes depositados
Na cidade onde hoje moram
Alguns meus antepassados

No jazigo reformado
Por mais que tenha conforto
O ataúde é a mala
O cemitério é o porto
Que faz a ultima parada
Do homem que está morto

Morre o direito e o torto
Morre o fraco e o forte
Preto branco rico e pobre
Feio e bonito sem sorte
Que seja grande ou pequeno
Tem que passar pela morte









É muito profundo o corte
Morte não é brincadeira
Quando não mata de foice
Ataca de roçadeira
Mata paciente e medico
Assistente e enfermeira

A morte é muito grosseira
Não possui acepções
Matou o Getulio Vargas
E outros de outras nações
E um poeta português
Conhecido por Camões

Mata os maus e os bons
Que tenham ou não tenham fé
Matou o Ailton Sena
E mata Xuxa e Pelé
Mata até o presidente
Não quer nem saber quem é

A morte dar pontapé
Tira a vida e dar a prova
Que mata o jovem e o velho
E a criancinha nova
Não tem homem que impeça
De ela lhe levar pra cova

Não quero me maldizer
Nem estou me maldizendo
Mas sendo para viver
Adoentado e sofrendo
É melhor querer morrer
Do que querer ta vivendo

A morte da uma sova
No sadio e no doente
Não respeita delegado
E nem um juiz valente
Ela mata qual quer um
Que passar na sua frente





Mata até o presidente
Da republica e senador
Mata príncipe e mata rei
Prefeito e governador
Todo mundo que ta vivo
Vai passar por sua dor
  
A morte tira o valor
De quem se acha granfino
Ela matou rui Barbosa
Tranquedo e Juscelino
E lampião que foi rei
Do cangaço nordestino

Mata adulto e menino
É pesada como um trem
Você que se acha rico
E muito dinheiro tem
É bom saber que a morte
Não se vende a seu ninguém

Até Dyane também
Que era uma linda princesa
A morte a trucidou
A pegando de surpresa
Dinheiro e fama não podem
Fazerem sua defesa

A morte deixa tristeza
Fora ou dentro do conflito
Matou Creópta que foi
A rainha do Egito
E Romeu e Julieta
No romance tão bonito

A marte mata em conflito
E faz alguém perecer
E mata quem ta na cama
Fazendo-lhe adoecer
Cientista se acha o Maximo
Mas também irar morrer

Pois quem tanto quis viver
Hoje de viver desiste
Quem tinha o sorriso alegre
Hoje chora e vive triste
Porque já esta vivendo
Como se não existisse


Se Deus dissesse você
Irar morrer nesse dia
O nervosismo atacava
A depleção me vencia
Preocupação me matava
Antes da hora eu morria
 
Minha matéria tremia
Eu deixava de ser forte
Era grande desespero
O azar vencendo a sorte
Se o ser humano soubesse
O dia da sua morte

Por riso dor vida e morte
Todo mundo vai passar
Que queira o homem ou não queira
Um dia vai se acabar
Teve começo tem fim
Pode sorrir ou chorar

Deus é bom não vai deixar
O ser humano saber
Da hora da sua morte
Do dia que vai morrer
Se o homem adivinhasse
Não sentiria prazer

Perde o gosto de viver
Quem sabe o dia da morre
O covarde se suicida
Quem é fraco toma porre
Mas quem crer na vida eterna
Diz assim Deus me socorre

O carro da morte corre
Na estrada do fim da vida
Se a matéria enferma diz
Eu não vou fazer partida
A morte sorri e diz
Você já esta vencida

Existe a morte e a vida
A partida e a chegada
Um que vai outro que vem
Dia noite e madrugada
Todo mundo um dia tem
O seu ponto de parada


Com a morte eu não quero nada
Sou seu pior inimigo
Nada quero com a morte
Ela é quem quer comigo
Porem eu só quero a vida
Sou o seu melhor amigo

A morte da me castigo
Joga-me na esparrela
Ela é quem me quer a força
Mesmo sem eu querer ela
Seu fosse amigo da morte
Talvez escapasse dela

Ao deus que tudo revela
Eu pediria esta sorte
Pra ser lembrado da vida
E esquecido da morte
Assim as duas deixava
Eu viver robusto e forte

Se todo mundo morresse
E ficasse só eu no mundo
E se Deus fizesse outra Eva
Da costela de Raimundo
Já que eu não fui o primeiro
Seria o Adão segundo

Ninguém ultrapassa Deus
Pois Deus é intransponível
Tem homem que quer ser grande
Mas coitado é perecível
Só meu Deus é multiforme
É visível e invisível

O tolo que nada sabe
Vive no mundo ilusório
Nem da fé que vai passar
E seu tempo é transitório
Porque o homem carnal
Tem o viver provisório

Quem já viveu muito alegre
Hoje se sente em seguro
Falta luz no seu presente
Onde olha ver escuro
Acha que não vale a pena
Acreditar no futuro


Em tudo sou decidido
Só sei dizer não ou sim
Melhor que um mau começo
Penso ser um feliz fim
Vindo de Deus tudo é bom
Deus não manda nada ruim

Estou como duas coisas
Que já não tem resultado
Como um barreiro sem água
Ou como um fogo apagado
Como pensa em recomeço
Quem já esta acabado

Tenho sido castigado
Pelo tempo e pela vida
Lutando para manter
A minha cabeça erguida
Quando tento levantar
Sofro uma recaída

A matéria perseguida
Por cansaço ou por doença
Estou como um réu que o mundo
Já ordenou a sentença
Mesmo sofrendo ou chorando
Em meu deus não perco a crença

A minha matéria tensa
A mim mesmo esta dizendo
Quem me dera ser quem fui
Pra não ser o que estou sendo
Só porque de pouco a pouco
Sinto que estou morrendo

Minha matéria precisa
De um lugar de descanso
Na cidade do silencio
Pra ir pra lá eu me avanço
Tenho fé em Deus que um dia
Este silêncio eu alcanço

Pois quem não morre criança
De velho também não passa
Tanto faz grande ou pequeno
Se morrer perdeu a graça
Todo mundo é pó e cinza
O corpo é uma carcaça


Todo homem um dia morre
E faz a ultima partida
Toda matéria na cova
Acaba-se apodrecida
Só Jesus venceu a morte
E é o dono da vida

Pode ser imperador
Príncipe rei e presidente
Prefeito ou governador
Não é melhor que agente
Quem escapar da catástrofe
A morte pega na frente

Conheço um tipo de gente
Que baba o rico e recorre
A bajula e lambe os pés
Enche o saco como porre
E por ta perto dos grandes
Ele pensa que não morre

Não precisa me humilhar
Já sei que não sou de nada
Com meu organismo fraco
E a matéria cansada
Os dois pés perto da cova
Vendo a hora uma topada

Fui forte como um palácio
Hoje forte como tapera
Só resta trinta por cento
Do homem forte que eu era
Por isto a boca da cova
Faz tempo que me espera

Como escombros de crateras
Eu posso ser qualquer hora
Do ventre de mãe
Sai um dia pra fora
Porem pro ventre da terra
Eu posso voltar agora

Bate-me um forte cansaço
Por esta vivendo assim
Não sei se o ruim é bom
Ou se o bom é ruim
Se meu fim foi o começo
Se meu começo é o fim


Como casa sem reboco
Estou me sentindo agora
Cem por cento ruins por dentro
Do mesmo jeito por fora
Meu corpo sem estrutura
Assim se deteriora

É o mal me dando corte
E a fé dizendo viva
E a esperança falando
Deus é única alternativa
Porem a fragilidade
Traz opção negativa

Sei que a doença priva
O meu eu sentir prazer
Só um por cento de chance
Tenho pra sobreviver
Noventa e nove por cento
Diz que breve irei morrer

Como posso mostrar raça
Sem ter chance para nada
Estou como um carro velho
Com a direção quebrada
No meio de uma via
Interditando a estrada

Uma praça de parada
Da vida me obrigou
Estacionar pra sempre
Como um carro que quebrou
Deste transito o tempo é guarda
Que a multa me cobrou

Quem não quiser sorri chore
Mesmo acordado ou dormindo
Quando a tristeza se vai
Todo prazer é bem vindo
Eu abro as portas dos lábios
E lhe espero sorrindo

Alma princípio de vida
Espírito do corpo meu
Desencarnou-se do corpo
Que a matéria já morreu
Corpo desse a alma sobe
Assim sempre aconteceu


Se eu tivesse sem anos
Ainda vivia pouco
Também pra que viver muito
Se vivo sempre em sufoco
Não é bom pesar na morte
Para não terminar louco

Sou triste e pareço alegre
Sou fraco e pareço forte
Sou besta e pareço sábio
Sou mole e procuro a sorte
Já sorri pra não chorar
Mas o futuro é a morte

Pra cidade do alem
Breve estarei partindo
E um sono bem profundo
Sei que estarei dormindo
Sem poder me acordar
Nem sonhar um sonho lindo

Vou dormir um sono infindo
Sem poder me despertar
Se alma sair do corpo
Vai o corpo descansar
E a suada do mundo
Não vai me incomodar

O homem que ama anda
Atrás da mulher querida
Se todo trégua há descanso
Toda jornada é comprida
Quem morre finda a carreira
Quem nasce começa a vida

Esta vida é deste jeito
Tem desgosto permanente
Se a cobra engole o cassote
O leão come a serpente
A gente mata o leão
E a cova come a gente

Tudo nesta vida passa
O que vai mais nunca vem
Vovô morreu e passou
Eu morro e passo também
Foi vivo tem que passar
Pela morte ou por alguém


Sonhei que o mal estava
Em um lugar sem saída
Com sua matéria podre
E sua alma perdida
Procurando sem achar
A porta da outra vida

Vou me imortalizar
E me tornar imortal
Mesmo antes de entrar
No reino celestial
Morro materialmente
Mas não espiritual

Não há quem possa medir
O poder que Jesus tem
Deus fez o homem para amar
Não para matar ninguém
Quando o ser humano mata
Jesus não se sente bem

Eu sou imaginativo
Imagino bom e ruim
Fico até imaginando
A marte chegando assim
Apanha-me de surpresa
Sem eu perceber meu fim

Detesto a morte por que
Ela é enflore Cida
Mata o ser esquece o corpo
Deixa a alma e tira a vida
E a terra se aproveita
Da matéria apodrecida

A dentadura da terra
Deve ser muito amolada
A boca da cova é grande
Mastiga de uma colherada
Que a terra mastiga e come
Sem ter trabalho de nada

A morte destrói os planos
Quando assassina alguém
A morte que mata hoje
Breve vai morrer também
É que a morte sendo morta
Nunca mais mata ninguém


Eu queria que a morte
Pra sempre fosse vencida
A vida me da coragem
A morte me intimida
Dou carão vermelho à morte
E cartão branco pra ávida

Ela chega e atropela
O homem de sul ao norte
As balas não a perfura
Espada não lhe da corte
Voz de prisão não atende
Cadeia não prende a morte

Quando a morte chega arranca
Todo mal pela raiz
Não respeita delegado
Promotor e nem juiz
Preto branco rico ou pobre
Mata qualquer infeliz

O juiz que prende alguém
Em uma triste prisão
A morte também irar
Prender ele no caixão
E sua prisão perpetua
Vai ser de baixo do chão

Meu corpo é tão enfadado
Que já não consegue andar
A minha alma precisa
De um canto pra descansar
Deus queira que Jesus queira
De este mundo me levar

Eu sei que só Deus é justo
E sei que Jesus não erra
Na terra tem desengano
Angustia tristeza e guerra
Eu só quero ir para o céu
Porque enjoei a terra

Ninguém encontra alegria
Não há esperança e paz
Os pais não respeitam os filhos
Filhos não respeitam os pais
Por isto eu quero ir pro céu
Que o mundo não presta mais


A terra é um mausoléu
De desespero profundo
Tem aflição todo hora
Desgosto a todo segundo
Por isto Jesus pediu
Que ninguém amasse o mundo

Eu vi minha vó jazer
Na cama da sepultura
A morte lhe procurou
Matou e fez captura
Hoje a matéria se encontra
No tumulo de amargura

O corpo é o tira gosto
Que o corpo da terra engole
O homem pode ser bravo
Vendo a morte fica mole
Bole com o outro homem
Mas com a morte não bole

O golpe da morte é duro
Só Jesus passou na prova
Do jeito que morre o velho
Morre a criancinha nova
Quando o corpo perde a vida
Termina podre na cova

Canção titulo adoro a vida
Autor poete
Raimundo Nonato da Silva

Adoro a vida
Já que Deus me deu a vida
Eu quero viver a vida
Eu amo a vida de mais
Quem não quer vida
Por favor, não tire a vida.
De quem quer viver a vida
Que quem quer vida quer paz

Só um otário
Bota a arma no ouvido
Despira e da um gemido
E sobre o chão duro cai
Porque a alma
De quem tira a própria vida
De Deus será esquecida
Pro inferno direto vai


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cuidado chefe político



Cuidado chefe político
Leia com toda atenção
Autor poeta
Raimundo Nonato da silva

Não deixe o chefe político
Vender-lhe na eleição
Nem presidente de bairro
De bairro fazer manipulação
Nem líder comunitário
Fazer você de otário
Orçam bem preste atenção

Fale pro chefe político
No meu voto mando eu
Se um presidente de bairro
For vender um voto seu
Peque ele pelo o braço
E pata no espinhaço
Com um pedaço de pneu

Se um líder comunitário
For com um candidato amigo
Visitar a sua casa
E disser esse está comigo
Desminta na cara dele
Diga eu não estou com ele
E nem vou votar contigo

Não deixe chefe político
Nem líder comunitário
Vender você como bode
Seja esperto e não otário
Como a grana do enrolão
E quando for eleição
Meta o pé no mercenário

Quem compra voto é corrupto
Quem vende o voto também
Como a grana do corrupto
Vote no homem de bem
Corrupto nenhum tem graça
Depois que a eleição passa
Não conhece mais ninguém











Falo pro seu próprio bem
Seja e igual a Raimundo
Como a grana do bandido
E não vote em vagabundo
Seja esperto veja e note
Procure o melhor e vote
Saia do abismo profundo

Não venda o voto por cem
Nem um bilhão de real
Pra depois da eleição
Não morrer ou passar mal
Arrependido e calado
Sofrendo e sendo humilhado
Na fila do regional

Não deixe alguém lhe vender
Como banana na feira
Como a grana do político
E dê nele uma rasteira
Faça-o empobrecer
E o mandato perder
Pro resto da vida inteira

Tem político que de pobre
Tem nojo pavor e medo
Preste atenção meu amigo
É bom analisar cedo
Depois que a eleição paca
Ele ganha grana e taça
E tu ficas chupando o dedo

O besta fica com a mão
No feixe e outra no cano
E o político esperto
Para enriquecer faz plano
E depois que fica nobre
Não quer nem saber de pobre
De puta, preto e cigano.






Certa noite em minha casa
Quem estava lá viu e ouviu
Chegou um chefe político
E com malandragem sorriu
Eu como sou meio critico
Mandei o chefe político
E pra puta que o pariu


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Solidão


Solidão
Autor poeta
Raimundo Nonato da silva

O cárcere da solidão
De pouco a pouco me arrasa
Como um peixe fora da água
Um pássaro que perdeu uma asa
Sinto-me sem liberdade
Até quando estou em casa

Cavaleiro solitário
Na cela da solidão
Sinto-me como um escravo
Que espera a abolição
E a carta de alforria
Que lhe dê libertação

Nunca pensei que um dia
Eu ficasse triste assim
E com medo de mim mesmo
Tenho fugido de mim
O que será do meu eu
Se me encontrar no fim

Eu queria me esconder
Pra nunca mais me achar
Perdi-me escondendo
Quando fui me procurar
Não sei onde me escondi
Que não pude me encontrar

Estou em algum lugar
Só não sei o endereço
Já procurei me lembrar
Mas, agora reconheço.
Que eu tenho que votar
Para um novo recomeço

A alma grita pro corpo
Estou a sua procura
E corpo responde a alma
Não vamos fazer mistura
A vida é feita de tudo
De amargor e doçura

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O filho pródigo

O filho pródigo
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva

O filho pródigo pediu a herança ao pai
E foi embora para uma terra distante
Gastou seus bens com bebida e meretrizes
E ficou pobre a partir daquele instante
Naquela terra ouve uma grande fome
Falsos amigos em casa não lhe acolhiam
E sem ter nada ele foi cuidar de porcos
Desejou comer o que os porcos comiam

Caindo em si ele se lembrou do pai
E disse ele quantos servos meu pai tem
Em abundancia e eu no mundo sofrendo
Irei voltar pro meu pai que estar além
Chegando lá falarei para o meu pai
Pai eu pequei contra os céus e contra a te
Já não sou digno de ser chamado teu filho
Mais como servo, por favor, me aceite aqui.

E partiu ele a procura do seu pai
Quando de longe o seu pai lhe avistou
E conhecendo o andar do filho seu
Foi ao encontro abraçando lhe beijou
Falou pro pai tudo que tinha passado
Do sofrimento e da grande humilhação
E como o pai ama o filho arrependido
Naquela hora ele recebeu perdão

Pai eu pequei contra os céus e contra a te
Já não sou digno de ser teu filho amado
Mais como um servo, por favor, me aceite aqui.
Porque no mundo eu vivi muito humilhado
O pai movido de intima compaixão
Disse meu filho tava morto e reviveu
Tava perdido mais foi reencontrado
Voltou pra casa porque se arrependeu

O pai deu ordem para os servos nessa hora
Tragam lhes roupa ponha em seu dedo um anel
Traga sandálias mate o bezerro cevado
Hoje vai ter festa como pai é meu papel
O filho mais velho estava voltando do campo
E ouvindo as musicas aos seus servos perguntou
Que festa é esta o que está acontecendo
E responderam-lhes foi teu irmão que voltou


Muito zangado foi falar com o seu pai
Disse o senhor nunca me deu um cabrito
Para fazer festa para meus amigos
Pai ali respondeu em tom bonito
Disse meu filho você sempre está comigo
Alegres se filho tudo que eu tenho é teu
Mais teu irmão foi perdido e encontrado
Estava morto e a gora reviveu

Hei meu amigo você que está no mundo
Esta parábola é uma linda lição
Não se envolva com farra e falsos amigos
Para depois não sofre decepção
Porque amigos de farras não são amigos
O filho pródigo foi muito decepcionado
Quando caiu na real ficou sabendo
Que amigo mesmo só tinha seu pai amado

Tem crente velho que não quer que o crente novo
Volte à igreja e seja bem recebido
Mais que se humilha por Jesus é exaltado
Jesus morreu para salvar o perdido
Irmão mais velho receba o irmão mais novo
Respeito o próximo e seja mais altruísta
Porque na casa do pai há muitas morados
Mais lã não entra crente besta e egoísta