Poeta Raimundo Nonato

domingo, 18 de abril de 2010

Sou contra a pena de morte

Sou contra a pena de morte
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva

A pena de morte só mata inocente
Começando logo pelo Salvador
Meu Jesus morreu inocentemente
Pregando a verdade a paz e o amor
Estevão morreu sem nada dever
Sempre morre o fraco e sobrevive o forte
O pobre é quem perde o rico é quem ganha
Por isso eu sou contra a pena de morte

Pedro foi discípulo vitima dessa pena
E muitos apóstolos foram vitima dela
A pena de morte mata sem regime
E só extermina quem é da favela
Quem usa gravata blazer e paletó
Mente rouba e mata nem vai ao presídio
Existe político matando e roubando
E o pobre é vitima do triste homicídio

Se a pena de morte existisse pra todos
Se morresse o pobre e o rico também
Não havia mais presos nas cadeias
E lá em Brasília não tinha ninguém
Não digo Brasília de um modo geral
Falo dos que vivem dentro do planalto
Alguns deputados muitos senadores
Que vivem na pratica do roubo e do assalto



































Deviam acabar com a pena de morte
O roubo e o crime e a corrupção
O álcool e a droga o fumo e a arma
Mas não com a vida do seu próprio irmão
A pena de morte quem pede é tão leigo
Tolo de nascença não experiente
Sendo a favor dela é contra a pobreza
A pena de morte só mata inocente

Agradeço a Deus pela minha vida
Porque estou vivo sem matar ninguém
Eu nunca feri e nem fui ferido
Ao em vez do mal vou fazer o bem
Pois quem ama a vida ensina viver
Não rouba não mata ama e não oprime
Incentiva a paz busca a esperança
Abraça o irmão e foge do crime

Amai o teu próximo como a si mesmo
Quem matar alguém é réu de juiz
Foi Jesus que disse e esta na bíblia
E eu acredito no que a bíblia diz
Se Deus deu a vida só Deus é quem tira
Deus tem o poder pra dar e tirar
O homem perverso mata por maldade
Mas é muito triste morrer ou matar

Um protesto contra a guerra

Um protesto contra a guerra
Autor poeta
Raimundo Nonato da silva

Você que ataca
Estado e país
Com tráfico e terror
Crime organizado
Protege bandidos
Matam os pequeninos
Assalta a nação
E dar golpe de estado
Político egocêntrico
Só pensa em si mesmo
Em fama e petróleo
Dinheiro e poder
Nunca vi império
Que um dia não cais
Quem semeia o ódio
O mal vai colher

Você faz as armas
Pra usar na guerra
Fez o carro tanque
E o avião
Fez a bomba atômica
E mísseis nucleares
Você contribui
Pra destruição
Acha-se potente
E arma estratégia
Contra a vida humana
Pensando que é forte
Sua má ciência
E má tecnologia
Só tem lhe empurrado
Pra cima da morte

















Você mata muito
Com os seus conflitos
Bota alguém na frente
Esconde se por traz
Tem nome de herói
Mas herói não é
Herói é quem ama
O próximo e quer paz
Você força alguém
Morrer por você
Vai de contra Deus
Sá faz covardia
Hoje na sua guerra
Só morre inocente
Mas você por isso
Vai pagar um dia

Alguém que precisa
De água e pão
Remédio e abrigo
Em muitos lugares
E você gastando
Com as armas químicas
Que destroem a terra
E poluem os mares
Terrorista é quem
Desrespeita a ônus
Atropela as leis
Age brutalmente
A democracia
Esta si acabando
Cadê os direitos
Humanos da gente

Mundo selvagem

Mundo selvagem
Musica e letra do poeta
Raimundo Nonato da Silva

Estamos vivendo
No mundo selvagem
Onde pouca gente
Conhece o amor
Vejo a juventude
Que consomem drogas
Sendo destruída
No leito da dor
E neste cominho
De ida sem volta
Alguém se revolta
Já tarde de mais
E diz minha vida
É um triste de lema
São as conseqüências
Que a droga traz

Hoje tudo é normal
Namoro é um fica
Se o pai aconselha
O filho é careta
Trafico de criança
Prostituição
Já virou comercio
No nosso planeta
A mãe que aborta
E a medico assassino
Mata o menino
Antes de nascer
Ela arisca a vida
Tirando uma vida
E quem Deus deu vida
Não pôde viver

O efeito estufa
Que não diminui
Você que polui
O meio ambiente
Com aquecimento
Que já é global
Ti fizeste o mal
Pra si e pra gente
A gripe suína
Crise mundial
A terra geral
Perdeu o domínio
E o homem que diz
Ser racional
Parece animal
Sem raciocínio

Sodomia estupro
E pedofilia
Assalto e seqüestro
Neste mundo cão
O sexo é feito
Ai ao ar livre
Cadê a vergonha
Falta educação
Ouvir palavrão
Ver pornografia
E a baixaria
Levando vantagem
Com crime ganhando
E a paz perdendo
Estamos vivendo
No mundo selvagem

Precisa as pessoas
Se conscientizarem
A deixarem o erro
E fazerem o certo
Abrirem seus olhos
Vigiarem mais
Enxergarem a vida
De longe e de perto
Quando muita gente
Cair na real
E buscar o amor
De Deus que é maior
Talvez finde a dor
Crime e violência
E a gente viva
No mundo melhor

Autor poeta

País sem lei
Autor poeta
Raimundo Nonato da silva

Eu nasci e moro no país sem lei
País que a justiça virou injustiça
Embora forçado por quem eu não sei
Obrigado chamar injustiça justiça
País que a verdade dói em muita gente
Vejo hipocrisia e a impunidade
País que o errado pensa que ta certo
E o crime vence a autoridade

País que o homem trabalhador
É vitima do roubo da morte e do assalto
Onde alei é muda e a justiça é sega
Só quem tem dinheiro manda e fala auto
País que o pobre entra em questão
Com sujeito rico e só sai perdendo
Onde a segurança ficou em segura
Este é o país que estou vivendo

País que os políticos ganham seus milhões
Pro funcionário publico falto o necessário
Onde o pagamento do pobre se atrasa
E o político faz greve por melhor salário
País que o jornal serve de coberta
Quem não tem casa e cama dorme na calçada
País que o político diz vai tudo bem
Só que de bem mesmo eu não vejo nada



































Político altruísta ninguém ver nem um
Mas o egocêntrico é o que se ver
Para alguns medíocres da sociedade
O cidadão pobre não pra viver
Um dos três poderes já perdeu a força
O judiciário se tornou cativo
Porque no joguinho do só dar nós
Ganha o executivo e o legislativo

Eu sou do Brasil um país sem culpa
Dos maus governantes lhe jogarem no abismo
Com trafico de droga e trafico armas
Quem esta reinando é o banditismo
Crianças drogadas se prostituindo
Jovem prostituta jovem marginal
Este é o quadro de um país sem lei
Que falta justiça governo e moral

Poesia sete de setembro

Poesia sete de setembro
Autor poeta
Raimundo nonato da silva

Sete de setembro dia memorável
Dom Pedro segundo gritou alto e forte
Na margem do rio lá do Ipiranga
De uma vez por todas a independência ou morte
E naquele dia o nosso Brasil
Mudara pra sempre de vida e de sorte

Daquele regime que foi português
O nosso Brasil ficou independente
Se Brasil é pátria somos filhos dela
Seu povo sofrido também é valente
Eu vivo na paz mais morro na guerra
Pelo o meu Brasil e a minha gente

Dia que o exercito e escolas desfilam
E a banda treze de maio também
Hasteia a bandeira verde e amarela
O hino nacional todos canta bem
Sete de setembro viva meu Brasil
Você e seu povo estão de parabéns

Dizem que o Brasil é independente
Só estar faltando ter autoridade
Se livrar das drogas de armas e bandidos
Políticos corruptos que fazem maldade
Se um dia trocar-mos os maus pelos bons
Talvez nos tenhamos paz e liberdade

Se o ofendido também perdoasse
Quem lhe ofendeu pedindo perdão
Se ao invés da arma que depara e mata
Nós descemos um abraço e apertasse a mão
E dissesse assim eu sou brasileiro
E você também eu sou seu irmão

Eu sou brasileiro amo a minha pátria
Se o Brasil é corpo também sou um membro
Não era nascido, mas recordo da data.
Eu li a historia aprendi e lembro
Não posso esquecer do dia festivo
A data mais linda sete de setembro

Matuto da roça

Matuto da roça
Autor poeta Raimundo Nonato da silva

Eu nasci na roça eu sô pobe zim
Eu só quer amor eu só quer carim
O povo de lá já sabe eu como é
Eu só quer amor eu só quer muié

Eu gosto de leite cuscui e quaiada
Angu com rapa dura quejo e carne assada
Eu sô pobe zim eu não tem nem luxo
Eu só quer comer pá encher o bucho

A vida me ensina a sua lição
Eu nunca peguei um lape na mão
Eu nunca estudei nunca fui na escola
Eu só gosto mermo da minha viola

Na roça armo o fojo pá pegar preá
Tem mais um açude promode eu pescar
Lamora meu povo zamigo e parente
Eu só quer ficar com a minha gente

Eu sou um caipira me criei na roça
Só sei viver bem na minha paioça
Eu não me acostumo morar na cidade
No meu sitio eu tem paz e liberdade

Mãe heroína autor poeta

Mãe heroína autor poeta
Raimundo Nonato da Silva

Mãos que me acariciaram
Braços que me seguraram
Seios que me amamentaram
Um coração sem maldade
Sou carne da carne dela
Acho mamãe muito bela
O próprio Deus me revela
Que mãe não tem falsidade

Vida que arriscou a vida
Pra da luz da minha vida
Sua vida veio de outra vida
Minha vida veio da sua
Mãe é sertã e nunca erra
Defende o filho na guerra
E quando partir da terra
No céu mamãe continua

Abaixa de Deus no mundo
Só quem tem amor profundo
Pra amar todo segundo
É a mãe e mais ninguém
Se o filho está ausente
Muita saudade a mãe sente
Se o filho ficar doente
Mãe adoece também

Não maltrate a mamãezinha
Que sua mãe é rainha
A sua mãe e aminha
Não merece ingratidão
Além de mãe professora
Zele sua genitora
Quem faz a mãe sofredora
Não tem um bom coração















Mãe é árvore e eu sou fruto
Mãe é roseira eu sou rosa
Mãe é flor mais cheirosa
Do jardim de filho ou filha
Para nos ter sofreu dor
Dando este exemplo de amor
No céu de nosso senhor
Mãe é estrela que brilha

A mãe cuida dos filhinhos
Ofertando os seus carinhos
Ensinando os bons caminhos
Para todos os filhos seus
Além de sentimental
É peça fundamental
Amor de mãe é igual
O amor do grande Deus

Eu muito me maravilho
Por mamãe ter este brilho
Uma mãe é pra cem filhos
Mais nem um são pra senhora
Mamãe é mais do que santa
Se eu me alegro ela canta
Não colhe o amor que planta
Mais colhe as lagrimas que chora

Nós temos a mãe caseira
Mãe doutora e engenheira
E temos a mãe guerreira
Dando aos filhos a disciplina
A mãe é incorrigível
Em nem uma tem desnível
Ela busca o impossível
Toda mãe é heroína

Homenagem aos pais

Homenagem aos pais
Raimundo nonato

Meu querido pai você me atrai
O senhor não sai do meu coração
Você me gerou depois me criou
E me ensinou a sua lição
O meu pai amado trabalhou cansado
Com corpo enfadado e o rosto sofrido
Do peso do malho herói do trabalho
No nosso agasalho não és esquecido

Meu pai foi disposto
Mais hoje indisposto as rugas do rosto
Demonstra a canseira
Do herói valente que foi tão potente
Lutou pela gente uma vida inteira
Deixei o meu canto fui pra outro canto
Meu pai verteu planto
Com lagrimas de dor
E as lagrimas sentidas que foram caídas
Foram construídas em lagrimas de amor

Meu pai me perdoe peço me abençoe
Sua culpa não foi falei mais de uma vez
Sou um sofredor não culpo o senhor
Não pago o favor que o senhor me fez
Meu pai eu errei desgosto lhe dei
Deus sabe e eu sei não posso negar
Mais arrependido com rosto sofrido
Peço a pai querido pra me perdoar

Vendo a minha face junto atua face
Ó meu pai abrace seu filho poeta
Vate nordestino que desde menino
Compre o seu destino dois numa só meta
Eu não sou formado e nem estudado
Não sei se lhe agrado com a canção que fiz
Só quero que veja que um filho deseja
Que o seu pai seja pra sempre feliz

Amiga viola

Amiga viola
Autor letra e musica poeta
Raimundo Nonato da silva

Não tem carne osso como a gente tem
Mais tem boca e som e braço também
Estou referindo a minha viola
Que nas horas tristes ela me consola
Quando eu estou triste sem ter alegria
Pego a viola lá na moradia
O seu som bonito me trás inspiração
Alegra-me alma e o meu coração

Eu te agradeço violinha amada
Tu és para me uma namorada
Não tem falsidade nem nos meus cansaços
Quando eu te afino já cai nos meus braços
Em vilas e cidades faço cantoria
E você não sai da minha companhia
No lugar da paz e até no perigo
Em qualquer lugar você vai comigo

A primeira diz busque a liberdade
A segunda diz não sinta saudade
A terceira diz arranje um amor
A quarta me diz assim cantador
Os outros acordes também falam assim
Como no começo seremos no fim
Dó ré me fá só o lá e o si
Viola são notas que Deus deu pra te

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Letra e música do poeta
Raimundo Nonato da Silva

Eu nasci no pé de serra
Nas quebradas do sertão
Numa pequena casinha
Ali no sitio pinhão
E meu pedaço de terra
Mora no meu coração

Bebi água de cacimba
Andei montado em jumento
Aprende assoviar
Pra poder chamar o vento
Engenho e carro de boi
Eu não esqueço um momento

Naquele tempo no sitio
Inda não tinha energia
Somente a lua de noite
E o sol durante ao dia
Mas a noite era enfeitada
Com seresta e cantoria

Hoje no sitio é diferente
Acabou-se a tradição
Ninguém conta mais historia
Nas debulhas de feijão
Não tem quem veja um paiol
De milho ou de algodão

Bem distante da cidade
Lá eu não achava ruim
Se acaso eu adoecesse
O meu pai fazia assim
Tirava as folhas do mato
Pra mãe fazer chá pra min
















O boi de cultivador
Cortou terra no monturo
Longe da poluição
Eu respirava o ar puro
Sem temer as armas químicas
Que ameaçam o futuro

Sou do tempo da panela
De barro e do candeeiro
Fogão a lenha e jirau
O pilão e o chiqueiro
E o pavilhão que vovô
Fez pra dançar no terreiro

Da casa dos meus avós
Lembro-me cheio de amor
E a sombra da oiticica
Por cima do bebedor
Onde eu brinquei com meus primos
E compus cações de amor

Eu mas meu pai cantei muitas
Cações ao claro da lua
Mas nos deixamos o sitio
Para residir na rua
E a saudade do campo
No meu peito continua

Carregar água em galão
Eu acho bom e bonito
Sei pescar e sei caçar
Mesmo com jeito esquisito
Eu conheço caçoar
Cambão, cangalha, e cambito

terça-feira, 13 de abril de 2010

Os passarinhos

Os passarinhos
Poeta Raimundo Nonato da Silva

Quem engaiola um canário
Um Graúna ou um vem-vem
Dê liberdade pro pássaro
Olhe escute e veja bel
Não faça do pássaro um réu
Sem ele ofender ninguém

Eu tenho pena de mais
Quando vejo um passarinho
No viveiro ou na gaiola
Sem liberdade e sozinho
Deus lhe fez para voar
Pra cantar e ter um ninho

A lua clareia a noite
De dia o sal é aceso
Mas quem prende um passarinho
Na consciência tem peso
Quem Deus fez para ser livre
Não era para estar preso

O passarinho parece
Um cantador de viola
O pássaro enfeita a floresta
Com a sua cantarola
Deus não gosta de quem prende
O pássaro numa gaiola

Se lembre que a floresta
Tem o ar mais belo e puro
Quem polui a natureza
Espere que no futuro
Deus vai cobrar sua conta
Com correção e com juro

Se a mata fosse minha
O rio, o lago e a fonte.
Talvez existisse hoje
Verde colorindo o monte
E todo mundo sonhava
Com um bonito horizonte









Se a mata fosse minha
Eu zelava até de mais
Mandava varrer a cama
Onde dorme os animais
Porque os brutos precisam
Dormi na cama da paz

Se a mata fosse minha
Eu mandava alguém cercar
Com uma grande muralha
E manda eletrificar
As paredes pra dar choque
Em quem quer lhe devastar

Não mate um sabiá
E nem outro passarinho
O cantador da floresta
Só quer amor e carinho
Não faz o mal pra ninguém
Mas alguém destrói seu ninho

Se a mata fosse minha
Lá tinha alegria e festa
Os animais tinham paz
Pássaro fazia seresta
E o homem sem coração
Não devastava a floresta

Se a mata fosse minha
E se eu mandasse nela
Se alguém pegasse um machado
Pra cortar uma árvore bela
Eu cortava os pés de quem
Quer cortar a raiz dela

Se a mata fosse minha
Não seria devastada
Ninguém destruía as árvores
Não existia queimada
Como a mata não é minha
Eu não posso fazer nada






Se a mata fosse minha
O monte a montanha e a serra.
Eu enfeitava o vergel
E fazia um céu na terra
Não tinha poluição
E ninguém falava em guerra

Todo mundo se acaba
Porque tudo é ilusão
Quem cortar a oiticica
Do bebedor do pinhão
É mesmo que ter cortado
No meio o meu coração

Na sombra da oiticica
Mamou criança e bezerro
Matar uma árvore daquela
Seria mais que um erro
Até quem derrubar ela
Vai chorar triste no enterro

Coisa de antiecológico
Isso ai não justifica
Se um dia alguém matar
Aquela grande oiticica
Destruiu um ponto histórico
E matou uma sombra rica

Tudo mundo se acaba
Tudo no mundo se finda
Quem matar a oiticica
Que tem a sombra tão linda
Tem o coração de monstro
Não conheceu Deus ainda

Não sei quem morre primeiro
Se é a oiticica ou eu
Mais se ela morrer primeiro
Morre um pedaço meu
E se alguém matar ela
Pode crer que me ofendeu

Eu vou pedir ao IBAMA
E ao governo da nação
Pra preservar a natura
E dar muita proteção
A minha amiga oiticica
Do bebedor do pinhão


O beija flor colibri
Aproveita-se da rosa
Beija uma flor e outro
E escolhe a mais cheirosa
Pelo o cheiro ele conhece
A fragrância mais gostosa

A tela da natureza
Mostra o matagal ferido
A nossa mãe morre aos poucos
O mundo estar poluído
Todos esperando a volta
Do Messias prometido

Há muitas tribos de índios
Por este Brasil tão vago
São vitimas dos homens maus
Que fizeram grande estrago
Nos campos da natureza
Poluindo rio e lago

O ar é indispensável
Pra todos os seres do chão
Pois do ar é que depende
A nossa respiração
Pela boca e o nariz
Entra e sai do pulmão

O ar ta na atmosfera
E na água de beber
No nosso corpo e nas plantas
Dá pra gente perceber
É invisível e sem ele
Não há quem possa viver

No solo se planta e cria
Como fez os meus avós
É indispensável aos seres
Digo até em alta voz
E nele cresce as plantas
Que alimenta todos nós

Faço uma pergunta aos homens
Do mundo em todo lugar
O que seria do homem
Sem água árvores e o ar
Só com as ganâncias deles
Ninguém podia escapar

Os escravos

Os escravos
Poeta Raimundo Nonato da Silva

Por feitores nas senzalas
Escravos foram acoitados
E por capitães do mato
Muitos foram procurados
Porem sofria bastante
Após serem capturados

Nossos irmãozinhos negros
Sofreram como animais
Que se dizem produtores
Colocados nos currais
Feitor e senhor de engenho
Eram malvados de mais

Hoje tem direitos iguais
Adeus à escravidão
Muitas pessoas lutaram
Por sua libertação
E a carta de alforria
Hoje o negro tem na mão

Viva o negro e viva o branco
Do mais velho ao infantil
Viva o índio e viva o pova
Viva também o Brasil
Quem maltrata negro e índio
Não passa de um imbecil

Adeus navio negreiro
Adeus senzala e feitor
E adeus senhor de engenho
Que foi malvado senhor
Adeus trunco adeus engenho
E capitão caçador

Adeus à escravidãoSoneto

As algemas dos coitados
Eram trancadas com cravo
Mãos e pés acorrentados
Assim viviam os escravos

Eram vitimas dos açoites
Das chibatas dos feitores
Sofrendo dias e noites
As pressões dos maus senhores

Tirando o peso do lombo
Uns fugiam pro quilombo
Pra se livrar dos maus tratos

E sem defesa legitima
Muitos se tornaram vitimas
Dos maus capitães do mato


E adeus o escravista
O escravo esta liberto
Viva o abolicionista
Hoje temos negros formados
Negro doutor ou artista

Homenagem aos professores

Homenagem aos professores
Poeta Raimundo Nonato da silva

A escola é uma roseira
Cada aluno é uma rosa
E cada professor é
Uma flor linda e cheirosa
E a sabedoria é árvore
De uma raiz poderosa

Muitos anos nessa vida
O professor estudou
E após de estudar
Agora me ensinou
Até por me corrigir
Muito agradecido estou

Se discípulo é ser aluno
Professor é mestre cério
Um recebe outro se doa
Honrando seu magistério
Passando o que aprendeu
Sem guardar nem um mistério

Para os alunos que entendem
Deles não negam os valores
Os alunos são as rosas
Os professores são fores
Dia quinze de outubro
É dia dos professores

Admiro os professores
Que muito tem estudado
Pesquisa esquenta a cabeça
Para estar bem informado
Tanto trabalho que faz
E é mal remunerado

O governo brasileiro
Federal e estadual
E o pequeno governo
Chamado municipal
Paguem bem aos professores
Porque eles ganham mal









Soneto
Raimundo Nonato da silva

Forte é quem passa nas provas
Do vestibular da vida
Enfrenta tudo e comprova
Que nada lhe intimida

Foi bom no fundamental
Na lição que o tempo ditou
No médio e segundo grau
Todo tempo que estudou

Fez curso superior
Formou-se hoje é doutor
Com diploma de fiel

Continue sempre leal
Que o Deus especial
Bota em teu dedo um anel

Água que da vida a vida

Água que da vida a vida
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva

Tem gente que estrói água
Com esgoto e lava jato
Ninguém faz economia
E você oh homem ingrato
Talvez um dia procure
O que jogaste no mato

Manancial que transborda
E faz verter água fria
Água que hidrata a gente
Transforma-se em energia
Não vou te gastar de mais
Pra não me faltar um dia

A água que todos gastam
Breve poderá faltar
Ela serve pra beber
Pra lavar e cozinhar
É uma pena que os homens
Não queiram lhe preservar

Se eu fosse o presidente
Fazia uma coisa boa
Protegia mata e rio
Ilha, mar, lago, e lagoa.
E dava prisão perpetua
Para quem gasta água a toa

Como um poeta que estuda
Eu aprendi meu rapaz
O ar a água e o solo
São recursos naturais
Ela é quem da vida aos homens
Animais e vegetais

Eu queria ser a fonte
Que tem água cristalina
Pra brilhar igual a ouro
Mesmo transparente e fina
E também saciar a cede
Dos pássaros lá da campina

Já vejo fome e calor
Muita água poluída
Jardins e campos sem flores
E a vegetação despida
As árvores secas sem folhas
E os homens sem escolhas
Na natureza sem vida


Estão secando as jazidas
Ela um dia se esgota
Porque de onde se tira
E a gente nunca bota
Termina sentindo falta
E vê que foi idiota

A água doce ou salgada
Quem poder herdar que herde
Talvez o homem malvado
A si mesmo se deserde
Agente só sente falta
Do que é bom quando perde

Água que desce das nuvens
E cai no leito da terra
Da vida as árvores e as flores
Renova o verde da serra
Apague o fogo das armas
Que são usadas na guerra

Água que enfeita os rios
Os lagos e oceanos
Regue todos vegetais
Mate a cede dos humanos
Água é fonte cristalina
Dos poderes soberanos

Manancial que transborda
E faz verter água fria
Água que hidrata a gente
Transforma-se em energia
Não vou te gastar de mais
Pra não me faltar um dia

A água que todos gastam
Breve poderá faltar
Ela serve pra beber
Pra lavar e cozinhar
É uma pena que os homens
Não queiram lhe preservar

Se eu fosse o presidente
Fazia uma coisa boa
Protegia mata e rio
Ilha, mar, lago, e lagoa.
E dava prisão perpetua
Para quem gasta água a toa

Como um poeta que estuda
Eu aprendi meu rapaz
O ar a água e o solo
São recursos naturais
Ela é quem da vida aos homens
Animais e vegetais

Eu queria ser a fonte
Que tem água cristalina
Pra brilhar igual a ouro
Mesmo transparente e fina
E também saciar a cede
Dos pássaros lá da campina

Já vejo fome e calor
Muita água poluída
Jardins e campos sem flores
E a vegetação despida
As árvores secas sem folhas
E os homens sem escolhas
Na natureza sem vida

Água que o bombeiro usa
E apaga incêndio e chama
Cria aves e animais
Da vida a rosa e a rama
A natureza deveria
Algemar quem te derrama

segunda-feira, 12 de abril de 2010

homem e mulher

Casal homem e mulher
Autor poeta
Raimundo nonato da silva

Deus quando formou o mundo
Primeiro o homem compôs
E da costela do homem
Deus fez a mulher depois
E o mundo só é bonito
Porque Deus os fez os dois

A mulher é muito bela
Na maneira de amar
Se o homem for valente
Só ela sabe amansar
Homem que quer ser mulher
Já mais vai lhe imitar

Pra quem gosta de mulher
Felicidade eu desejo
Ao invés de bater nela
Dê um abraço e um beijo
Porque a beleza dela
Em outra coisa eu não vejo

Se todo mundo morresse
E ficasse só eu no mundo
Se Deus fizesse outra Eva
Da costela de Raimundo
Já que não fui o primeiro
Seria o Adão segundo

A mulher lava e cozinha
Faz tudo de uma forma bela
Cuida da casa e do esposo
Educa os filhos e zela
Inda tem cabra safado
Que bate e agride ela

Nós respeitamos o homem
Do homossexualismo
E amamos a mulher
Que pratica o lesbianismo
Apenas não concordamos
Com a pratica do sodomismo









Homem que quer ser mulher
Não faz uma coisa bela
Tem vergonha de ser ele
Esta querendo ser ela
Por mais que transforme o corpo
Não assume o lugar dela

Sodomismo não é doença
Revela a biologia
Nem a ciência concorda
E nem a teologia
Esta pratica diabólica
Tem que se acabar um dia

Homem e mulher geram e criam
Os filhos que os dois desejam
Dois homens já mais conseguem
Fazer o que os dois almejam
Bem certo estar o ditado
Dois bicudos não se beijam

Se dois homens se desejam
É um mau o comportamento
E se de um homem com outro
Alguém fizer casamento
É formado no papel
Mais não no entendimento

Vamos zelar as mulheres
Honrem nossas companheiras
Todo tipo e toda cor
Trate com boas maneiras
Respeite as do mundo todo
E as nossas brasileiras

Homem que quer ser mulher
Com Deus nunca vai ter vez
Esta desfazendo em si
Aquilo que Jesus fez
Na verdade teológica
Que eu digo pra vocês





Este Deus que tudo fez
Fez homem mulher e mais.
Deu dois órgãos diferentes
Chamados de genitais
E o homem quer desfazer
O que meu Deus fez e faz

Quem desfaz o que Deus faz
Não tem boa recompensa
Ninguém venha me dizer
Que moda e vicio é doença
Tudo que é contra Deus
Nós não podemos dar crença

A mulher é a oitava
Maravilha deste mundo
Quem bater nela é bandido
Criminoso e vagabundo
Se vocês não gostam delas
Podem deixar pra Raimundo

Sonetos de
Raimundo nonato da Silva

Sei que o céu não é meu
Mas estou bem informado
Que no céu do Galileu
Não entra afeminado

Tudo que a bíblia diz
Eu quero dizer aqui
Se você quer ser feliz
Se converta travesti

Se arrependa sapatão
Bote Deus no coração
Saia do lesbianismo

A bíblia é sertã em falar
Que no céu não pode entrar
Quem pratica o sodomismo



Respeite as mulheres jovens
A idosa e a velhinha
Como respeita a senhora
Respeite a mais novinha
Saiba que a dona do lar
Tem o titulo de rainha
Tem a mulher nota dez
A nota cem e a mil
No dia oito de março
Antes do mês de abril
É o dia das mulheres
Do mundo todo e o Brasil

Bonito é ele ser ele
E lindo é ela ser ela
Ela é a banda dele
Ele é a metade dela
Nem ela pode ser ele
Nem ele pode ser ela


Soneto

Depois que deus fez Adão
Fez Eva e pôs do seu lado
Não fez outra mulher não
Que Deus não faz nada errado

Dois machos não geram filhos
Um com outro não produz
Homem e mulher sim têm brilhos
Os dois fazem e ela dar a luz

Fez Eva de uma costela
Foi dele que Deus a fez ela
E da terra Adão é pó

Porem Eva com Adão
Tornaram-se com razão
Dois anéis no dedo só

Nem todo aquele que é
Às vezes parece ser
Tem alguém que não parece
E diz que é com prazer
E quem parece não é
Eu fico sem entender



Mulher dos lábios corados
Que tem a boca pequena
Gosto muito e admiro
Seja loira ou a morena
Faz parte de um bom elenco
E enfeita toda sena
Minha homenagem à mulher
Estou encerrando agora
Eu defendo todas elas
Todo dia e toda hora
Por isso eu tiro o chapéu
Pra senhorita e senhora

domingo, 11 de abril de 2010

O Poeta

O Poeta
Autor Raimundo Nonato da Silva

Sou simples, mas sou poeta.
Por isso agradeço a Deus
Porque através do verso
Canto os sentimentos meus
Mas quem não nasceu poeta
Não pode cantar os seus

Eu canto os meus e os seus
Seja alegria ou tristeza
Sou um poeta plebeu
Convivo com a pobreza
Mas a minha poesia
Eu não troco por riqueza

Já pensou se na pobreza
Que eu vivo todo ano
Se eu não fosse repentista
Pra cantar meu desengano
Eu não sentia alegria
E era um homem sem plano

Eu paquero com a rima
Namoro com a cantoria
Sou noivo com a viola
Casado com a poesia
E junto com a inspiração
Tenho tudo que queria

Sou um amigo do verso
Companheiro do repente
Colega do improviso
Que chega na minha mente
Fã da musa inspiradora
Que me faz ser sorridente

Deus me deu eu acho bom
Esse dom como uma oferta
É uma dádiva tão boa
Que eu fiz a descoberta
Que eu só devo usar ele
Quando for à hora certa









Gosto tanto da viola
E do seu bonito som
Se Deus quisesse trocar
O mundo todo em meu dom
Eu ainda não trocava
Porque cantar é tão bom

Poesia é meiga e pura
Mais doce do que geléia
Sou um aluno de Deus
E amigo da platéia
Eu sou humilde mais tenho
Assunto sonho e idéia

Sou menestrel sou aedo
Sou um poeta sou vate
Minha poesia é pura
Contem o melhor quilate
Sou um herói sou guerreiro
Que não foge do combate

Suo compositor sou musico
Sou bardo sou um cantor
Sou escritor da natura
E como sou trovador
Nada faço para mim
Sim pra louvar o senhor

A minha imaginação
É como um computador
Seu quiser faço um desenho
E pinto com qualquer cor
Por que Deus mim fez poeta
Desenhista e bom pintor

Eu também suo escultor
Sei esculpir e talhar
Sou pedreiro e escritor
E gosto de trabalhar
E sou até um cantor
Quando eu quero cantar






Na cultura popular
Aprendi fazer repente
Tem muita gente que diz
Você é inteligente
Quem sabe um pouco de tudo
Então é polivalente

Outro diz que minha mente
É uma fonte que cria
O meu desenho parece
Com a minha poesia
E a pintura do verso
Vou fazendo todo dia

O poeta é detetive
Curioso e jornalista
Pensa pra poder fazer
Canta toca e é repentista
Não tem artista maior
O poeta é maior artista

Se o carro sair da pista
Ele ou o motorista é ruim
Poeta não sai da métrica
Deus fez o poeta assim
Pra andar na linha reta
Certo do principio ao fim

Através da poesia
O poeta faz novela
Filme e escreve romance
De uma forma muito bela
Só sábio entende o poeta
O que ele faz Deus revela

O poeta escuta e fala
É muito meditabundo
Inspira e é inspirado
Por ele ser tão profundo
Quem é poeta não vive
Muito tempo aqui no mundo

O poeta é oriundo
Confunde os homens ateus
Quem ver sua inspiração
E os lindos versos seus
Passa acreditar no céu
E começa chamar por Deus


Ele estar perto de Deus
Mesmo o céu sendo distante
Faz do improviso um carro
E passa a ser viajante
Através do pensamento
Anda o mundo no instante

O poeta é um amante
Ele conhece o amor
É Dublê e cineasta
Ator e um grande autor
Mesmo que quem tenha inveja
Não conheça o seu valor

O poeta é locutor
Interprete musico e palhaço
Mesmo que a mídia se esconda
Sem querer lhe dá espaço
O inteligente sabe
Que ele vai passo a passo

O poeta é um pedreiro
Arquiteto e tem talento
É construtor que faz prédio
Edifício e monumento
No alicerce da rima
Com a planta do pensamento

Se você está doente
De amor e de paixão
Venha e fale com o poeta
Que vai saber com razão
Que ele é o Psicólogo
Da mente do coração

Sem precisar de lição
Seja o grande ou o miúdo
Ele faz do pouco muito
Multiplica conteúdo
Um homem simples e humilde
Mais sabe um pouco de tudo

Apenas disse um pouquinho
Do que você quer saber
Espero que este pouco
Der pra você entender
Que o poeta é tanta coisa
Que eu não sei nem dizer


Poeta é advogado
Que defende a natureza
É um juiz sem justiça
E sem força pra defesa
Por isso é que o Brasil
Ta cheio de safadeza

Poeta não é um índio
Mais sente o que o índio sente
Porque poeta se inspira
Olhando o meio ambiente
É aluno da natureza
A professora da gente

Poeta é inteligente
Todo sábio dele é fã
Ele é especialista
Estuda hoje e amanhã
Chama o pássaro de colega
E a árvore de irmã

Poeta sabe escutar
A voz linda do trovão
E ele diz que é Deus
Dando uma grande lição
A um ensina viver
E noutro passa carão

O poeta tem noção
E gosta de passear
Vive mandando recado
Das águas do rio pro mar
Por ser um artista nato
Tem o mesmo linguajar

Ele sabe até chorar
Mais só gosta de sorrir
Um quer lhe é elogiar
Outro quer diminuir
Mas o poeta nem liga
Sabe que vai conseguir

Ate-nos que despontaram
E nasceram para a luta
Ta nos lábios da donzela
No doce que tem na fruta
Naquele que goza a vida
Delicia-se e desfruta


Poeta é estrategista
Especialista em beijo
Sabe se realizar
E sabe matar desejo
Esperteza de poeta
Em outro homem eu não vejo

Poesia esta no homem
Sábio que busca o estudo
Na cobra de corpo liso
E no preá cabeludo
Não falta esta, mas em nada.
Vejo poesia em tudo

Poesia esta na mãe
Que sente uma grande dor
Sujeita a morrer no parto
Para provar seu amor
Inda tem filho ruim
Que não quer lhe dar valor

Poesia esta na haste
No caule e tronco da planta
No quadro da natureza
Que retrata a musa santa
Nos sons das nossas violas
E nos versos que a gente canta

Poesia esta também
Na brisa quando flutua
Nos reflexos doa estrelas
No brilho lindo da lua
E no apito do guarda
Que deixa o eco na rua

Poesia esta nas obras
Boas que são construídas
Nas ovelhas encontradas
E nas que estão perdidas
E até no oxigênio
Que é indispensável à vida

Poesia esta na glosa
No vate e na emissora
No estudo do aluno
No saber dar professora
E no menino Jesus
Que nasceu na manjedoura


Poesia esta na greve
Do professor na escala
No rico que tem de tudo
No pobre que pede esmola
No mensageiro da rima
Quando pega na viola

Poesia esta na torre
Construída em babel
Na coragem de Abraão
Na espada de Miguel
E no néctar açucarada
Que abelha produz o mel

Contos e fábulas da natureza

Contos e fábulas da natureza
Autor poeta Raimundo nonato da silva

O cachorro é candidato
O Prefeito ou Senador
O burro vota no gato
Por que jegue é eleitor
E se o gato se eleger
Pode ser governador

Comadre raposa agora
É candidata que vem
Pede o voto do cavalo
E de dona égua também
Raposa e política esperta
A ladra pior que tem

Compadre gato é também
Presidente do partido
Alem de chefe político
Por que é muito sabido
Enganando os bichos bestas
Já estar enriquecido

Compadre tigre também
Diz que é Veria dor
Comadre onça é assessora
E o lobo devorador
Diz que vai ser candidato
E o bode é seu eleitor

Mas o bode é pulador
E não sabe com quem fica
O tesoureiro é o lobo
Deixa todos na fubica
Mas cuidado com a raposa
Se não agora ela inrrica

Gato e raposa roubam
Cachorro é sem consciência
Lobo e rato roubam muito
Por que tem inteligência
Cada golpe de estado
Acaba com a previdência









Na missa da natureza
É lógico que acredito
O papagaio é o padre
Que faz o sermão bonito
Macaco assoveia e toca
Pro galo cantar bendito

O pardal eu admito
Que ele é o são cristão
A andorinha é a freira
O jumento é com razão
Coroinha da capela
Que o louro faz sermão

O papangu é o papa
Que fala mais de um idioma
Temos o papa larga ta
Que não é papa de Roma
No vaticano da mata
Freio graúna se a proma

O cachorro é o soldado
Raposa é réu infeliz
Macaco é advogado
E o leão é juiz
O tigre é o promotor
Corta o mal pela raiz

Já o gato acusa e diz
O roubo que o rato fez
Gato rico testemunha
Rato pobre é pro xadrez
E urubu por ser preto
Com garça nunca tem vez

Papagaio diz mais de uma vez
Por ter descriminação
Rato pobre urubu preto
E galinha faz confusão
Por que preto puta e pobre
Sempre perde na questão






O jumento é com razão
A sentinela do foro
O louro diz um ladrão
Acusar outro ignoro
O gato acusando o rato
E com raiva disso eu choro

Diz o papagaio no fórum
O julgamento inicia
O macaco é advogado
Se ganhar faz alforria
Mas se perder o réu vai
Parar lá na encho via

Julgado de noite a dia
Um acusa outro defende
Por que o disse e me desse
Quanto mais se tira rende
E o leão da um esturro
Só a tigre é quem entende

O criminoso se rende
Mesmo sem ser réu confesso
A audiência se finda
E diz o macaco eu peço
Que absorva o ratinho
Pra ele fazer sucesso

Na medicina ecológica
O cachorro é o doutor
Se outro bicho se fere
Ele lambe e cura a dor
A raposa é a paciente
E a vitima do terror

A garça é a enfermeira
Eu digo e não é boato
Cuida bem do gado e zela
Quando cata carrapato
O hospital da fazenda
Pode ser curral ou mato

O jumento é o vigia
Da porta do hospital
Seu cacêtete estar pronto
Pra quem sair do normal
Quem rejeita sua ordem
Pode se da muito mal




O casso te pula e canta
Canta a rã e canta a gia
Como uma banda de musica
Cantam dentro da água fria
Cururu e sapo boi
Numa noite de harmonia

Lá na mata o te teu pia
E quem canta é a burguesa
Canta a rola cascavel
E o carão na represa
Todos formam uma orquestra
Do coral da natureza

Tem mais de uma surpresa
Numa lida colunata
Perto de uma cachoeira
Ouve se a voz da cascata
Juntam se as vozes dos pássaros
Com a queda da catarata

Escuta se o papa larga ta
Papangu e papa venta
O cão late no terreiro
No quintal rincha a jumenta
Esta orquestra toda noite
A natureza apresenta

Quando a noite se ausenta
Canta o galo no pule iro
Porco ronca e pinto pia
E o sonhinho prezepeiro
Asso veia como um guarda
Noturno em pé no terreiro

Urra o boi quando o vaqueiro
No pescoço bota a canga
Já o macaco ligeiro
A trepa se no pé de manga
Enrola a ponta do rabo
Com meça fazer moganga

Do cachorro o gato manga
Depois que defeca enterra
Chia o rato no buraco
De uma parede de terra
Como alguém que se esconde
Na fronteira de uma guerra


Berra o bode no chiqueiro
Quando o menino lhe amarra
Pra cantar com a voz perra
Na serra tem a cigarra
Até mesmo os animais
Também gostam de fanfarra

Todo dia ali tem farra
Quando o sol se descortina
Canta a peitica e o canário
e o galo de campina
Rouxinol e patativa
Numa manhã nordestina

Urubu não faz buzina
Mas depois que aterrissa
Vê se uma multidão
Cortejando uma carniça
Como um bocado de gente
Olhando o padre na missa

Depois que o vento atiça
A vaga lume se acende
Já a aranha rendeira
Que trabalha e se defende
E quem vir mexer com ela
Na sua rede se prende

Somente o deus que entende
A natureza abençoa
Sabe por que peixe nada
Sabe por que pássaro voa
Por que cobra se arrasta
E por que abelha ferroa

Pra ficar com a voz boa
O sabiá tem prazer
Procura logo pimenta
Mas só quer aqui arder
Não tem ucéra nem grastite
Nada vai lhe ofender

Peba e tatu ao correrem
Metem-se dentro da toca
O gavião pega a cobra
De uma mão pra outra troca
Solta no chão e lhe pega
Fazendo a maior fofoca


As vazes na grande loca
Esconde se a onça pintada
O leão e a pantera
Preparam-se pra cassada
Que pela sobrevivência
Lutam sem temer a nada

Corre a raposa assanhada
Comedo do lobo mal
Com que fica a sua espera
Dentro de um matagal
Do jeito de um pistoleiro
Pra da um golpe fatal

João de barro especial
Faz uma casa de terra
Contem dois compartimentos
Ele faz certo e não erra
Talvez seja o mais sabido
Doa pássaros que tem na serra

Tem a ovelha que berra
O Deus fazendo louvor
O xexéu canta bonito
Por ser um ótimo cantor
Fazendo da natureza
Uma escola de amor

Meu verso aqui se encerra
Falando nos matagais
Nos pássaros e outros seres
E todos os animais
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais

Pica-pau serra madeira
Mesmo sem ter dentadura
A formiga cria asas
Para virar tanajura
Rato se torna morcego
E isto não é loucura

Cada um tem o seu dote
Pra lutar de noite a dia
Gato é sargento ligeiro
A onça é tenente e guia
E do oitão do quartel
O cachorro é o vigia
Um no outro se confia
Por se unirem em combate
O leão diz bata em mim
Na leoa ninguém bate
Se eu não defender ela
Meu filhote faz resgate

O transporte do resgate
Dar coice é mula ou jumento
Detona explosão de peidos
E é muito barulhento
O gambá é arma química
Por ter mijo fedorento

Auto desenvolvimento
Temos também a marinha
No exercito lá da praia
Cavalo marinho e sardinha
Peixes de todas espessem
Usando a força todinha

A baleia é a rainha
Topa todo desafio
Pula alto e vai no fundo
Não sente calor nem frio
No porto do oceano
É ele o maior navio

Merece o meu elogio
O tubarão com carinho
Parece com um barco grande
É ele o submarinho
Que nesta força naval
Ele não esta sonsinho

Já a foca e o pinguinho
Ensinam peixes nadar
Cavalo marinho é guarda
Esta sempre a vigiar
Se ver peixe boi marinho
Já corre a traz de pegar

Quando a força do mar
Se sente ameaçada
O poraquê pra dar choque
Combina-se com o espada
E o peixe agulha também
Enfrente qualquer parada


Fora da água salgada
Na doce tem a traira
A piranha é a guerreira
Vê o inimigo e mira
Não usa arma de fogo
Mais uma dentada atira

Na força aéria se atira
Cada um sem ter cansaço
O louro conta piada
O papagaio é palhaço
E o vento ajuda o corvo
Grande piloto do espaço

De tudo eu sei um pedaço
Do exercito da natura
O sonhinho é trapezista
O macaco lhe estrutura
Quem usa o Brasão de arma
Não pode fazer loucura

O mar também tem bravura
Com o seu remanso forte
Um lutando pela vida
Outro enfrentando a morte
Nas suas forcas marinhas
Só vive quem for mais forte

Colibri é helicóptero
Que cheira a flor do jardim
Voa pra frente e pra traz
E nunca se cansa em fim
Bate as asas muitas vazes
Por que Deus lhe fez assim

Já o zigui zigui sim
É ele o lindo avião
Tem as asas transparentes
E mesmo a cima do chão
Comanda a força Aéria
Da base do meu sertão

É a águia com razão
O grande avião aja to
Com bate do ar ao solo
Enxerga a sede e o mato
E filma do céu pra terra
Como quem tira retrato


Tem outro pedrador chato
Mas ele é o ponto chave
Mata o seu rival aos poucos
E tem o vool suave
O qual é o gavião
Eu comparo com uma nave

O urubu não é nave
Mas voa com ligeireza
Morre-se alguém nesta guerra
Pois pode ter a certeza
Que ele come o finado
Fazendo aquela limpeza

O pica pau faz defesa
Com valor especial
Combate o seu inimigo
Seu bico é o arsenal
Destrói o rival no ar
Com uma explosão fatal

Na força aéria das aves
Pois cada um se destina
Defender a sua pátria
Da triste fúria assassina
No batalhão da natura
Um aprende e outro ensina

Não aquém perca a rotina
No exercito do sertão
O galo toca a trombeta
Despertando o batalhão
Cinco horas da manhã
Já começa a malhação

O peru faz pirueta
Gira vigiando a terra
O leão é atalaia
Da fortaleza da serra
O elefante trombudo
Parece um canhão de guerra

Cava um buraco e se enterra
Pra se livrar do ataque
O peba é o carro tanque
Tem casco e suporta Baco
É como os carros de guerra
Usados lá no Iraque


O Tejo prepara ataque
Faz do seu rabo chicote
Casso te é igual a um micio
Quando salta e da pinote
E a cobra é o soldado
Que arma e não erra o bote

O macaco é capitão
Por que tem a pele preta
Quebra coco como quem
Na arma bota espoleta
E faz os colegas rirem
Quando faz uma careta

Eu queria descobrir
Por que a águia é valente
Renova-se a cada dia
Fica bonita e decente
Voa alto e nunca cansa
Encara o sol frente a frente

Por que é que o sol é quente
E por que a lua é fria
Por que um clareia a noite
E outro clareia o dia
E na sua rede elétrica
Nunca faltou energia

Sem pilha e sem bateria
Vaga lume é quem pisca
Quero descobrir por que
Quem não arrisca não petisca
Até pra pegar um peixe
O pescador bota a isca

Por que relâmpago faísca
E por que trovão estronda
Por que é que terra gira
Entorno do sol faz ronda
Por que planes se tem nível
E dona serra é corcunda

Por que cobra não tem bunda
E se a rasta pelo o chão
Vai comendo o pó da terra
Por que não tem pé nem mão
Faz a rodilha arma o bote
E briga até com leão


Quero saber com razão
Por que o porco é seboso
Por que é que pato é limpo
E leão é corajoso
E pavão por ser bonito
Quer da uma de gostoso

Por que coelho é medroso
Por que o peba tem casco
Mora na toca e se vê
O caçador diz me lasca
Por que caçador não brinca
Com seu cachorro carrasco

A canção não é do Vasco
Mas tem a cor branca e preta
Por que larga to se encanta
Para virar borboleta
E o macaco prezepeiro
É palhaço e faz careta

Por que é que a noite é preta
E lua tem quatro fases
Por que é que João de barro
Constrói casa e tem as bases
Assim como o professor
Se expressa bem nas frases

Por que é que a oásis
Da natureza é bonita
Por que é que o mar engole
A vitima e depois vomita
A cigarra não é guarda
E mesmo assim ela apita

Por que coruja é esquisita
Eu quero saber também
Por que sem linha e sem roda
O imbua vai e vem
Com as suas pernas lentas
E parece com o trem

Por que pito quer xerém
Pra sua alimentação
Galinha defende os filhos
Das garras do gavião
Bota de baixo das asas
E encerrou a questão


Quero saber por que cão
Tem muita raiva de gato
O cão persegue a raposa
O gato persegue o rato
No dia que pega um
Está garantido o prato

Quero saber por que rato
Só se transforma em morcego
E qual é a diferença
Do bode para o burrego
E por que o lodo é liso
E provoca o escorrego

Por que tem negro e galego
Por que milho tem boneca
Por que tripa de gambá
Da corda para rebeca
Por que ele fede tanto
Quando urina ou defeca

O tamanduá a breca
E na força se confia
A galinha não tem dente
Come milho põe e pia
Não tem vagina e tem filhos
Burra tem e não da cria

Sé de eu cheirar um dia
Um macho de perto eu corro
Mas já o cachorro cheira
O rabo de outro cachorro
Cutuca o tóba do outro
ele nem da esporro

Tem dois animais domésticos
Que aprendi admirar
Gato defeca e enterra
Sem ninguém lhe ensinar
E o cão late e faz medo
Pro ladrão se assustar

A arara também é
Uma ave muito bonita
A preguiça não trabalha
A Graúna canta e grita
E o mico leão dourado
Pula só pra fazer fita


O rato não acredita
Nas coisas que o gato diz
Nem gato no cachorro
Que não é muito feliz
E diz assim vou morrer
Sem conseguir o que quis

Comadre raposa diz
Compadre cão é esperto
Eu não posso da bobeira
Que ele pode estar perto
Essa é vida dos bichos
Que vivem lá no deserto

Quem é não admira
O mel que abelha constrói
E a formiga que rói
A folha da macambira
A babuia da trairáe
O canto dos sabiás
As curvas que a cobra faz
Com a maior ligeireza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais

A lua clareia a noite
Com o seu resplendor forte
É quando o vento do norte
Chega dando aquele açoito
Continua no pernoite
A lua e sua clareza
Perecendo uma princesa
Mas é feita de metais
Eu acho linda de mais
As coisas da natureza

No terreiro o bode berra
Quando o Boi urra e da bronca
No chiqueiro o porco ronca
E o lobo urra na serra
O peba escavaca a terra
E um buraco ele faz
Esconde-se dos chacais
Lá na sua fortaleza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais




Cada animal tem o dote
Pra pescar e pra caçar
O cachorro é pra ladrar
Mas a cobra arma seu bote
Pra pegar gente ou casso te
Por dentro dos matagais
Ela é discreta de mais
E tem veneno na preza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais

O cachorro ao se encontrar
Com o outro companheiro
Cheira logo no traseiro
Para lhe cumprimentar
Ou a traz de encontrar
O que perdeu muito a traz
É que a vida dos chacais
Só é fazer safadeza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais

O homem mata o leão
A onça pega o via do
E a tigre ataca o gado
A baleia o tubarão
Águia pega gavião
Macaco um dos animais
Prezepeiros imorais
Faz careta e nogenteza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais

O pica-pau é valente
Que faz do seu bico serra
O gato defeca e enterra
Papagaio imita gente
O pássaro vive contente
Nas reservas florestais
De carniça de animais
Urubu faz a limpeza
As coisas da natureza
Eu acho linda de mais







Tem guará e tem jaguar
E tema jaguatirica
Que golpe fatal aplica
Na hora que vai caçar
Pega a vitima pra matar
E luta com esperteza
Tem muita força na preza
A bicha é muito saga is
Eu acho linda de mais
As coisas da natureza

A casa que construí

Raimundo Nonato da Silva

A casa que construí
Tem uma bela estrutura
O reboco é de açúcar
Os tijolos raspadura
E o piso é de cocada
Rejuntado com qualhada
Minha casa é uma doçura

Cortei a sapata dela
Com puro queijo de qualho
Empurrei carne moída
Depois bati com o malho
E ladrilhei com batida
A minha casa querida
Custou-me muito trabalho

As colunas da minha casa
São feitas de mortadela
O radie de lingüiça
Arma a estrutura dela
O concreto é carne assada
A brita de carne torrada
Tem na minha casa bela

As linhas são de inhame
Os caibros de macaxeira
As ripas de mandioca
O seu teto é de primeira
Cobri minha moradia
Com bandas de melancia
Retelhei a casa inteira

Tem ária sala e cozinha
E um quarto muito bom
Pintei as paredes dela
Com suco de jerimum
As janelas são de tabocas
Enfeitadas com pipocas
A sua porta marrom

Travesseiro de tapioca
A cama é de algodão
Não tem cadeira nem mesa
Quem chegar senta no chão
Lá o nosso luxo é pouco
O prato é quenga de coco
E a colher é a mão



O sofá é de alface
Almofada é broa preta
A bandeja é de cabaça
Grande como uma maleta
Tem manga pinha e mamão
Eu só não chupo limão
Para não fazer careta

O quadro da minha casa
É uma italiana
Com suas capas de mel
Decora e deixa bacana
Minha casa é boa e linda
Sim o armador ainda
É um cacho de banana

Das casas paraibanas
É a mais linda que tem
Meus porcos comem pamonha
Meus pintos comem xerém
O gado capim e cana
Porque na minha chupana
Um pouco de tudo tem

Todo mundo passa bem
Quem for lá não se atrasa
Lá tem sombra e água fresca
E frango assado na brasa
Eu dou comida e bebida
Só não garanto dormida
Por ser uma pequena casa

Lá em casa tem uma gaiola
Que parece uma ilusão
Os palitos da gaiola
São feitos de maçarão
Quando o pássaro esta com fome
Come os palitos e se some
Mas não fica na prisão

Dentro de um casco de um ovo
Que um dinossauro pôs
Quando o outro foi chocado
Saiu pra fora depois
Eu que nunca dei vacilo
Fiz daquele casco um silo
Pra poder guardar arroz

No meu pumar tem de tudo
O meu quintal é pra frente
Eu plantei no meu monturo
Feijão e milho somente
O feijão o galo carrega
O milho a galinha pega
E quebra todo no dente

A lua clareia a noite
E o sol clareia o dia
A minha casa é no sitio
Lá tenho muita alegria
Ouviu senhor e senhora
Estou mais feliz agora
Porque minha burra deu cria

Lá eu sou muito feliz
Com a minha companheira
Bebo água de cacimba
Do açude e da ribeira
Trabalho e não me esgoto
E tem dia que eu desgot
O açude com a peneira

Eu subo e desço ladeira
Do sitio para a cidade
Já falei da minha casa
E minha propriedade
E se você admira
Não vá pensar que é mentira
O que nunca foi verdade

Aniversario de pobre

Poeta Raimundo Nonato da silva

Aniversario de pobre
Dar bastante confusão
Um bêbado dança sozinho
Outro da um empurrão
E outro bêbedo com raiva
Chama logo palavrão

Aniversario de pobre
Só tem bagunça e zoada
Quem deu os parabéns falsos
Depois da uma bofetada
E o aniversariante
Sai com a cara quebrada

O aniversariante pendura
Os presentes lá no torno
Começa uma discussão
Alguém ta com sangue morno
Um chama o outro de fresco
Quando não chama de corno

Aniversario de pobre
Com tudo se descontrola
Escuta-se um disco furado
Tocando numa vitrola
E um cabra chorando bêbado
Enquanto outro lhe consola

Em aniversario de pobre
Não tem nada de bacana
Um litro de coca cola
Meia garrafa de cana
E um beiradeiro dizendo
Ou que festinha bacana

Em aniversario de pobre
A gente vê feijão preto
Misturado com cebola
Com cheiro de carbureto
E um convidado comendo
Um preá assado no espeto

O guisado é temperado
Com bucho de gado e tripa
Um bêbado segura o outro
Pro outro descer a ripa
E quem vê fica em silêncio
Não acusa nem participa


Em aniversario de pobre
Temos manguzá na mesa
Com pouca coisa se faz
É tão pequena a despesa
Diferente do que faz
Quem transborda na riqueza

O que ganha é sabonete
Presente caro não tem
Não tem quem der um presente
Nem de dez e nem de cem
E alguém joga uma praga
Em vez de fazer o bem

Ninguém canta parabéns
Não tem creme de galinha
Mistura coca com cana
Come um pastel ou uma coxinha
E a farofa de toicinho
Não da pra noite todinha

Em aniversario de pobre
A gente ver falsidade
Quando um falso amigo chega
Deseja felicidade
Tudo da boca pra fora
A gente não ver verdade

Em aniversario de pobre
Vê-se peixe angu e papa
Às vezes termina em briga
De faca cassete e tapa
O aniversariante
É muito feliz quando escapa

Aniversario de pobre
Só termina em pé de briga
Uma mulher com ciúme
Chama outra de rapariga
E a comida malfeita
Depois dar dor de barriga

Aniversario de pobre
Começa de tardezinha
Termina com meia hora
Antes que chegue a noitinha
Com meia dúzia de bêbados
Da sala para a cozinha

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Do poeta R Nonato

Do poeta R Nonato
Para Ademar Nonato

Se o povo conhecesse
O poder que tem na mão
Prefeito e governador
Presidente da nação
O povo escolhia a dedo
Como quem cata feijão

Se muitos tivessem noção
Do poder que dão de graça
Diziam senhores políticos
Trabalhem e amostre raça
Que o poder não é pra sempre
Neste mundo tudo passa

Alexandre Magno foi
Mais famoso que tazan
Imperou no mundo todo
Conseguiu riqueza e fã
Foi ontem e hoje não é mais
E nem será amanhã

Se muita gente soubesse
O valor que o voto tem
Aprenderiam votar
E não votariam em quem
Faz o bem pra meia dúzia
E pra todos não fazem o bem

Por isso eu peço aos senhores
Políticos desta cidade
Sejam políticos de todos
Procurem terem humildade
Lembrem - se que só Deus é eterno
E o resto é vaidade

Eleitor que não se venda
Hoje é uma coisa rara
E o político corrupto
Que compra uma eleição cara
E ainda diz que é homem
Sem ter vergonha na cara

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Valor e futuro

Valor e futuro

O valor é precioso
Na vida de um alguém
Tem gente que tem um pouco
E perde o pouco que tem
Perece que faz questão
De não querer ser ninguém

Na vida conheço quem
Teve o passado obscuro
Agora esta no presente
E se sentindo inseguro
Já com medo da certeza
De um futuro sem futuro

Tem um que vive em apuro
Só marcha pra desventura
O sábio busca o saber
O tolo busca a loucura
Um sorrir por ser feliz
E outro chora e murmura

Agente mesmo procura
O mal ou o nosso bem
Todo aquele que faz mal
O mal sobre ele vem
Isto Jesus ensinou
Para mais de um alguém

Conheci moça que teve
Um viver lindo e profundo
Mas deixou a vida bela
Desmoronar no segundo
Entregando a virgindade
Ao sujeito vagabundo

Hoje no sofrer profundo
Lamentar não adianta
Ela chora arrependida
Chega enrouquece a garganta
Trocou o bem pelo mal
A gente colhe o que planta

Um chora e o outro canta
Dando um bonito sorriso
Um procura ter bom lucro
E outro tem prejuízo
Pra um a vida é inferno
E pra outro é prejuízo
A juventude de hoje

É triste ver o capeta
Destruindo a juventude
Sodomia mata a alma
Droga destrói a saúde
Se o jovem quiser viver
Tem que ter nova atitude

Peça a Deus que lhe ajude
Respeite a mãe e o pai
Porque os teus pais te amam
Falso amigo mata e trai
O mau costume é quem mata
Todo mal um dia cai

Tu não avalias os ais
E da tua mãe a dor
Para te trazer ao mundo
Mas o teu pai sofredor
E você não sabe amar
Aquém te deu tanto amor

Eu mesmo sinto uma dor
Com a alma embravecida
Vendo o filho maltratar
O pai ou a mãe querida
O fende a Deus quem maltrata
Os pais que lhe deram vida

O jovem diz não adianta
Meu pai me aconselhar
Quem manda em mim sou eu mesmo
Em mim ninguém vai mandar
Mas quando esta na pior
Chama o pai pra lhe ajudar

Quando é pra se lambuzar
No lamaçal do pecado
Só ele é quem está certo
O pai é quem ta errado
E depois que quebra a cara
Vai chorar envergonhado

Chama o pai de atrasado
Diz que a mãe é careta
Quem me dizia sou mala
Finda virando maleta
Que o pai ou a mãe leva
Quando a coisa fica preta

Um Nordestino no Sul

Um Nordestino no Sul
Autor Raimundo Nonato da Silva

Um Nordestino no Sul
Não passa de um Pelegrino
Tem do Nordeste no Sul
Homem Mulher e Menino
O que seria do Sul
Se não fosse o Nordestino

O Nordeste enriquece o Sul
Deixando a Terra avançada
Vai do Nordeste pro Sul
A mão de obra pesada
E se não fosse o Nordeste
O Sul não era de nada

O Nordestino trabalha
Para ver o Sul crescer
E o Sul por ser ingrato
Nunca sobe agradecer
Em troca cospe no rosto
De quem lhe ensinou viver

O Nordeste deu fama ao Sul
E o Sul mais nunca cai
Quando um Nordestino vem
Outro Nordestino vai
Mas o Sul não reconhece
O Nordeste como pai

O Sul e filho adotivo
Que o Nordeste adotou
Como pai lhe fez andar
Como mãe lhe amamentou
E o Sul não agradece
O pai bom que lhe criou

O Sul só não reconhece
Por ser o Sul desigual
Copara o Sul com um carro
Que caiu no lamaçal
E o Nordeste lhe tirou
Do atoleiro fatal









Vai trabalhador braçal
Do nordeste ao Sul também
Vai Chapeado e roceiro
Ate carpinteiro tem
Se não fosse o nordestino
No sul não tinha ninguém

O nordestino é parada
Luta muito e nunca falha
Pega cobra com mão limpa
Corta capim com navalha
Ensina ao povo do sul
Como é que se trabalha

Do nordeste pro sul vai
O trabalhador cativo
Trabalha como um escravo
Não chega ao objetivo
E as vezes por lá se acaba
Quem fez o sul ficar vivo

Triste é ver o nordestino
Sair pro sul do país
Pra viver como um escravo
Fazendo o que nunca quis
Por que não tem no nordeste
Um meio de ser feliz

Se tivesse dois países
Um nordeste outro Brasil
Eu creio que o nordeste
Ganharia nota mil
Começando do mais velho
Até o mais infantil

Vamos fazer no nordeste
Mais indústrias e mais empresas
Pro nordestino sair
Do sul que nos trás tristezas
Vamos fazer do nordeste
Um reinado de riquezas

PREFEITO NO SONHO

PREFEITO NO SONHO

AUTOR POETA RAIMUNDO NONATO DA SILVA



FUI UM PREFEITO NO SONHO
E NA GESTÃO DO PENSAMENTO
CALCEI AS RUAS DE SOUSA
FIZ MAIS DE UM APARTAMENTO
E DEPOIS DEI PÃO E ÁGUA
PRA QUÉM QUERIA ALIMENTO

PLANTEI MAIS DE UM PROGETO
PROS SONHOS DA JUVENTUDE
INVESTI NA EDUCAÇÃO
E SUPEREI NA SAUDE
COMO PREFEITO DE SONHO
MAS COMO REAL NÃO PUDE

GASTEI COM AGRICULTURA
FIZ UM TRABALHO BEM FEITO
INRRIGUEI A REGIÃO
NESTE MEU SONHO PERFEITO
FUI COMO UM VERIADOR
QUEQUERIA SER PERFEITO

EU ASFALTEI MUITAS RUAS
E FUI BOM DE CALSSAMENTO
DEI DINHEIRO PRA POBRESA
GASTEI COM MEDICAMENTO
NÃO FUI PREFEITO REAL
MAS EU FUI NO PESSAMENTO

CONSTRUI CATORSE CRECHE
PROS MENORES ABANDONADOS
FIZ DEZ ABRIGOS PROS VELHOS
IDOSOS E DESPRESADOS
MAIS DE MIL HABITAÇÕES
PROS POVOS DESABRIGADOS

EU QUERIA ATÉ DA TERRA
PRA QUÉM PRECISA DE TERRA
PROS HOMEMS DESCAMISADOS
DA CIDADE SITIO E SERRA
POR OS POBRIS SÃO VITIMAS
DA DOR DA FOME E DA GUERRA









EU QUERIA IRRIGAR SOUSA
COM O CANAL DA REDENÇÃO
PRAGENTE PRANTAR ARROS
BATATA MILHO E FEIJÃO
COCO BANANA E TOMATE
CACAU CAFÉ E MELÃO

SOUSA NOSSA REGIÃO
PODERAR SER A PRIMEIRA
CRECER NA AGRICULTURA
E ENRRICAR POR INTEIRA
TAMBÉM COM APECUÁRIA
A RIQUEZA BRASILEIRA

SOUSA ERA PARA SER
O ORGULHO NORDESTINO
CRECER COM A CRIAÇÃO
DE SUINO E DE BOVINO
AVICULTURA TAMBÉM
SEM ESQUESER DO BOVINO

SOUSA PODE SER AINDA
A FONTE DO ALGODÃO
DO LEITE QUEJO EMANTEIGA
E FAZER ESPORTAÇÃO
PRO BRASIL E ESTRAGEIRO
MESMO SENDO SÓ SERTÃO

PRECIZAMOS DE UNIÃO
NO SERTÃO E NO AGRESTE
FAZER DE SOUSA A METRÓPOLE
PRINCIPAL EM TODO TESTE
VAMOS FAZER DOIS PAISIS
UM BRASIL OUTRO NORDESTE

FUI EU PREFEITO DE SONHO
DE ILUZÃO E FANTAZIA
JÁ QUE EU NÃO FUI REAL
FAZENDO O QUE PRETENDIA
PESSO A DEUS QUE OUTRO FAÇA
O QUE EU FAZER QUERIA

Se eu fosse o governo da nação

Autor Poeta Raimundo nonato da silva

Se eu fosse o governo da nação
O prefeito de cada cidade
Passaria ganhar só a metade
Do que ganha sem nem ter precisão
Acabava com a corrupção
Deputado não faz mais roubalheira
Eu já mais ia ser de brincadeira
Se eu fosse o governo da nação

Se eu fosse o governo da nação
Não iria ter mais Vereadores
Deputados e nem os senadores
Só prefeito pra cada região
Um governo pra cada Sertão
Em Brasília era só um Presidente
Desta feita era tudo diferente
Se eu fosse o governo da nação

Se eu fosse o governo da nação
Eu não ia imitar PC farias
Nem João Alves que ganha as loterias
Nem Sarney que é lá do Maranhão
O meu mestre era Deus de Abraão
E Jesus me ensinando a verdade
O Brasil nunca mais tinha maldade
Se eu fosse o governo da nação

Se eu fosse o governo da nação
Acabava a droga e a bebida
E a arma do mal que tira a vida
De outro ser que também é nosso irmão
Acabava esta gangue de ladrão
E da guerra faria despedida
Eu fazia tudo isso na vida
Se eu fosse o governo da nação

Se eu fosse o governo da nação
Acabava também a violência
Aos pobres daria assistência
Como casa carinho apoio e pão
O Brasil tinha paz e união
Cada um trabalhava e era forte
Só não ia existir pena de morte
Se eu fosse o governo da nação






Se eu fosse o governo da nação
Esta pena de morte eu não queria
Jesus cristo foi vitima dela um dia
E sofreu a maior humilhação
É a lei de quem não tem coração
Quem aceita é quem quer cristo na cruz
Eu não ia ser contra ao meu Jesus
Se eu fosse o governo da nação

Se eu fosse o governo da nação
Um salário melhor eu pagaria
Para o homem que luta todo dia
Pra cumprir com a sua obrigação
O vaqueiro ia ser como um barão
Cantador de viola o presidente
E o pobre era visto como gente
Se eu fosse o governo da nação

Se eu fosse o governo da nação
Assistência medica e hospitalar
No Brasil nuca mais ia faltar
Nem eu morto trancado no caixão
Um projeto de paz pra cada irmão
Eu faria e deixava antes da morte
Para todos saberem que eu fui forte
Quando fui o governo da nação

Se eu fosse o governo da nação
No sertão enrugava em todo aprisco
Ia água do rio são Francisco
No Nordeste pra toda região
Ceará Paraíba e Maranhão
Alagoas Sergipe e Pernambuco
E rio grande eu não era maluco
Se eu fosse o governo da nação

Desculpe-me políticos Brasileiros
Eu sei pouco não sou analfabeto
Eu conheço o errado e o correto
Ninguém pode tirar minha visão
Eu nem Sou de brigar por eleição
Deus me fez só poeta e violeiro
Mas garanto que era verdadeiro
Se eu fosse o governo da nação

O sábio e tolo

O sábio e tolo autor poeta
Raimundo Nonato da silva

O aluno na escola
Aprende sua lição
Ler decora português
Estória e religião
Matemática e geografia
Cumprindo a sua missão

Neutralizar é ficar
Nem contra nem a favor
Calar e não declarar
Quem tem ou não tem valor
Não atinge nem defende
Mesmo sendo sabedor

Antes de ir quem não foi
Quer ir vá, mas se arrepende.
Mas se for e não ficar
Com certeza logo entende
Depois de apanhar muito
Na vida tudo se aprende

Hoje eu quero utilizar
Empregar meu pensamento
Tirar proveito daquilo
Que me traz conhecimento
E desfrutar do saber
Sem perder nem um momento

Meditar é contemplar
Concentrar e refletir
Considerar o assunto
E se errar corrigir
Pensar antes de dizer
Ter bom senso Para agir

Medito profundamente
Porque sou meditabundo
Penso nas coisas do céu
Sem perder nem um segundo
Depois vejo a diferença
Que tem do céu para o mundo









O néscio é inguinorante
Só ele mesmo é capaz
De se abraçar com a guerra
E se afastar da paz
E não é por ser matuto
Que ele é tôo de mais

Nasci pra ser tarimbado
Sou um pouco experiente
Antes de ver eu conheço
Qualquer um tipo de gente
Só na conversa eu descubro
Quem fala a verdade ou mente

Mandada por satanás
Nosso maior inimigo
Eu vi a AIDS chegando
Botando o mundo em perigo
Mas os tolos não percebem
Que a doença é um castigo

Profecia é predição
Mas eu não vou predizer
Só digo que sei sabendo
E não que sei sem saber
Só não vou é fazer nada
Que me possa perverter

Graças a Deus tenho crânio
Cérebro e cabeça boa
Calo-me se eu não souber
Não vou falar nada a toa
Este dom que Deus me deu
Não tem em toda pessoa

Se discernir é saber
Eu tenho conhecimento
Dos fenômenos que se passam
Na vida a cada momento
Eu gravei tudo na câmera
Do filme do pensamento






Eu sim sou racional
Só vou agir com razão
Sem manchar a consciência
Sem ofender meu irmão
Quem pensa para fazer
Nunca perde uma questão

Eu sou ativo e zeloso
Trabalho com diligência
Investigo muito rápido
Também tomo providencia
E executo o trabalho
Com maior inteligência

Senso e sensatez só têm
Quem é prudente e sensato
Refletido e muito lúcido
E medita sobre o fato
Nunca faz um plano ruim
Nem joga os sonhos no mato

Intelectualidade
É a mesma inteligência
Só tem quem é mesmo gênio
Dotado de sapiência
Quem diz que tem sem saber
É sego de consciência

Conheço todas as espécies
Muitos gêneros eu aprendi
Se eu esqueci alguns
Mas outros eu não esqueci
Porem só o meu Deus sabe
O tanto que eu sofri

Busco o racionalismo
Gosto de especular
Baseio-me na razão
Por isso vou meditar
Só não vou decidir nada
Antes de observar

O mundo que desejamos

O mundo que desejamos
Poeta Raimundo Nonato da Silva

O mundo que desejamos
É um mundo diferente
Com comida e com saúde
Sem faminto e sem doente
Cheio de paz e amor
No meio da nossa gente

Um milênio sorridente
Vai chegar já fez partida
Jesus irar governar
Esta terra prometida
Sem arma droga e assalto
Todos preservando a vida

O mundo vai dar partida
Sem precisar de empurrão
Jesus é senhor e rei
Da esperada nação
Vai semear o amor
Para cada coração

Um mundo de união
Onde o triste se consola
Com respeito pros idosos
Com mais crianças na escola
Todos de barrigas cheias
Sem ninguém pedindo esmola

No mundo que tem bitola
Jesus será, mas que um gênio.
Vai purificar a terra
A água e o oxigênio
Mas só os filhos de Deus
Reinarão neste milênio

No milênio de Jesus
Reina esperança e amor
Se um homem tiver sem anos
Ainda não é senhor
E se um jovem de cem anos
Morrer é um pecador









Pra você que não sabia
Neste milênio que vem
O boi pasta com o leão
E ninguém mata ninguém
E Jesus governará
Pra século sem fim amem

Na nova Jerusalém
Que por nós é esperada
Quem não tem casa e comida
Vai ter comida e morada
Deus supre as necessidades
Não vai deixar faltar nada

Um milênio que agrada
Breve vai aparecer
A criança pegará
Numa cobra pode crer
Bota a mão na boca dela
Sem a cobra lhe morder

Você que vive a sofrer
Vergonha e humilhação
Tenha calma espere mais
Um pouquinho meu irmão
Que no reinado de Cristo
Você será campeão

No milênio Jesus Cristo
É rei presidente e guia
Você que não acredita
Pode esperar que no dia
Uns chorarão com tristeza
E outros com alegria

Ame e zele o seu irmão
E não negue a caridade
Breve Cristo voltará
Com poder e autoridade
Já esta chegando o dia
E a hora da verdade






Não vá condenar ninguém
Para não ser condenado
Porque aquele que julga
No dia será julgado
Dia que vamos saber
Quem está certo ou errado

Eu tenho convicção
Que Jesus já esta vindo
O dia pra uns é feio
Mas pra outros vai ser lindo
Dia que vamos saber
Quem está certo ou mentindo

Jesus sabe todas as coisas
Jesus é onisciente
Você que vive a zombar
E prevaricar do crente
Neste dia vai saber
Quem fala a verdade ou mente

Eu conheço alguém que chama
O crente de beradeiro
Mas esta chegando à hora
Do Deus grande e verdadeiro
Dizer quem esta mentindo
E quem é o verdadeiro

Você que pensa que é certo
Vai ver que estava errado
Por crer no falso profeta
Que tinha lhe enganado
Por Cristo o falso profeta
Há de ser desmascarado

Vai chorar amargurado
Nas trevas longe da luz
Que não rejeitou o mundo
Para carregar a cruz
Vai dizer que foi covarde
Por ter negado Jesus


Quem julgar vai ser julgado
Por isso é que penso bem
Antes reparo meu erro
Pra ver o erro de alguém
Que como eu ele achava
Que estava certo também

Não vou atingir alguém
Que esteja longe ou perto
Na minha culpa eu não culpo
Alguém Dando uma de esperto
Consciente é o errado
Que conhece quem ta certo

Por agir desta maneira
Já paguei um alto preço
Não julgo quem ta no fim
Nem quem esta no começo
Como também sou humano
Às vezes me aborreço

A terra vai ser também
Pra sempre purificada
Toda imundice da terra
Com ela vai ser queimada
E nossa mãe natureza
Também será preservada

Os cento e quarenta e quatro
Mil das tribos de Israel
Doze mil de cada tribo
Desempenhando o papel
Nesse reino milenar
Do Messias Deus fiel

Nesse milênio no mundo
Reina paz e esperança
Amor existe pra todos
Com Jesus na liderança
Vai ser extraordinária
O tamanho da mudança

No mundo de confiança
Sem existir falsidade
O próximo não trai o outro
Porque só fala a verdade
Quem viver nesse milênio
Comprova a realidade


O rio da água da vida
É grande manancial
E suas águas bonitas
É claro como um cristal
Que resplandece enfeitando
O reino celestial

E no meio desta praça
Na margem daquele rio
Esta a árvore da vida
Que merece o elogio
Ela é medicinal
E o seu fruto é sadio

Doze meses doze frutos
São as suas produções
E suas folhas afugentam
As doenças das nações
São os seus frutos gostosos
Para nossas refeições

Ali não haverá noite
Não tem sol e nem tem lua
Jesus o sol da justiça
Para sempre continua
Iluminando a Cidade
E brilhando em toda rua

Ali não tem maldição
Morte pranto nem clamor
Deus enxugará as lagrimas
Tirando do peito a dor
Quem antes chorava triste
Vai sorrir cheio de amor

Lá tem pedras preciosas
Como o jaspe cristalino
O muro é feito de jaspe
Material super fino
É toda feita de ouro
A Cidade do Divino

E tem doze fundamentos
No muro desta Cidade
Com os nomes dos apóstolos
Esta é a realidade
Dos discípulos do cordeiro
Os quais pregaram a verdade

Os cento e quarenta e quatro
Mil das tribos de Israel
Doze mil de cada tribo
Desempenhando o papel
Lá no reino milenar
Do Messias Deus fiel


A Cidade é tão bonita
Ninguém diga que é mentira
Enfeitada de esmeralda
De calcedônia e safira
Tem até sardônica e sárdio
Que quem vê se admira

Lá tem berilo e topázio
Crisopraso e crisólito
Tem ametista e jacinto
Tem tudo que está escrito
O fundamento do muro
É muito mais que bonito

Cidade quadrangular
Do jeito que é a altura
É também seu comprimento
Como também a largura
Não tem Cidade no mundo
Que tenha a sua estrutura

Três portas de cada lado
Aquela Cidade tem
Três mais nove doze portas
Na matemática do bem
Esta Cidade é a santa
E nova Jerusalém

Lá no céu ninguém faz feira
Lá não tem mercearia
Assalto nem carestia
No céu ninguém vê besteira
Fiado nem roubalheira
Lá ninguém fala em fiado
Lá ninguém toma emprestado
E nem empresta também
Ninguém engana ninguém
Ninguém sai envelhacado

No céu ninguém paga conta
De água e de energia
Ninguém faz economia
Deus dar e nada desconta
No céu ninguém se afronta
Porque não existe o mal
No reino celestial
Não tem CAGEPA nem TELPA
Nem correio e nem SAELPA
No céu é muito legal

Não tem dor e nem tristeza
Só tem alegria e paz
Moça menino e rapaz
Louvando ao deus de grandeza
Não tem cadeira nem mesa
Pro povo que faz o mal
Lá não tem plano real
Não tem banco mais tem luz
Porque tem deus e Jesus
Nosso grande general

Lá no céu não tem polícia
Cadeia e delegacia
Deus é luz de noite adia
Lá ninguém vê mal notícia
O céu é uma delícia
O crente não anda ao léu
Lá ninguém paga aluguel
Jesus esta ti chamando
Quem estiver duvidando
Deixe a terra e vá pro céu

Lá se vive de orações
É enfeitado com anjos
Os querubins os Arcanjos
E sarafins campeões
Com milhares de canções
O nosso deus é louvado
O céu é organizado
Pois até comida tem
Lá no céu se vive bem
Comendo o manjar sagrado

Quem nasceu e se criou
De Belém pra Nazaré
Foi o filho de Maria
Enteado do Jose
Jesus andava pregando
De jumento ou de a pé
Não tinha orgulho e nem luxo
E é o dono da fé

Hoje o crente pra pregar
Bota logo uma barreira
Quer gravata e paletó
Luxo e roupa de primeira
Um carro pra enfrentar chuva
Moto pra enfrentar poeira
Tem crente que ta pensando
Que Jesus é brincadeira
Jesus disse ao jovem rico
Se quiser a salvação
Venda tudo quanto tem
E dê aos pobres cidadão
E siga-me que no céu
Ganhará o galardão
Jesus disse que as riquezas
Deste mundo é erosão

Jesus não usou gravata
Muito menos paletó
Não comprou perfume caro
Creme xampu e nem pó
Nem anel e nem posseira
Nem trancelim no pescoço
Disse que o reino dos céus
Só se ganha com esforço

Os que usam roupas ricas
Também tem o mau costume
Querem os primeiros lugares
E serem vistos pelos os homens
Jesus disse que o homem
Que usa uma roupa rica
Quer ser melhor que os outros
E a si mesmo justifica

Tem muita gente fazendo
De Jesus mercadoria
Hoje vendem Jesus barato
E por qualquer mixaria
Pregam Jesus mal pregado
Pensando em boa quantia
O que será dos hipócritas
Quando Jesus vir um dia

Jesus deu de graça o dom
De curar e de orar
Hoje o homem esta vendendo
O que Deus pode lhe dar
Bota Jesus em leilão
Para o outro rematar
O que será dos abutres
Quando meu Jesus voltar






João Batista era um profeta
Que pregava no deserto
Trajava roupa de couro
E pregava muito certo
Mel silvestre e gafanhotos
Comia por ser esperto
Não usava roupas caras
E era um homem liberto

Hoje ainda existe crente
Do jeito de caifás
Como Herodes e pilatos
Que preferem Barrabás
Botam Jesus em leilão
E perguntam quem dar mais
Pregam Jesus por dinheiro
Não é por amor e paz

Vamos deixar a ganância
O luxo e a ambição
Deus não é mercadoria
Jesus não é de leilão
Deus é o dono ouro
Da prata e tudo ele tem
Jesus cristo não precisa
De dinheiro de ninguem

Levítico, capítulo 18, versículo 22.
Levitico, capítulo 20, versículo 13.
Mateus, capítulo 24.
Mateus, capítulo 25.
Lucas, capítulo 22, versículo 28 ao 30
João, capítulo 14, versículo 3
1 Coríntios, capítulo 6, versículo 9 e 10
1 Coríntios, capítulo 15, versículo 50 ao 54
Romanos, capítulo 1, versículo 21ao 27.
Romanos, capítulo 14, versículo 10 ao 12.
1 Tessalonicenses, capítulo 1 versículo 10.
1 tessalonicenses, capítulo 4, versículo 16 e 17.
Apocalipse, 20, versículo 11ao 15.
Apocalipse, 21, versículo 8.
Apocalipse, 22, versículo 15.

Advertência e verdade que dói

Advertência e verdade que dói
Autor Raimundo Nonato da silva

Quem faz o mal sem pensar
Deveria ter noção
Porem quem bebe veneno
E se mata sem razão
Perde a alma porque fez
A própria destruição

Quem tira o próprio viver
Depois que cai na diz calma
A terra não quer o corpo
O céu não recebe a alma
Porque quando alguém se mata
O diabo é quem bate palma

Toda mulher que aborta
Não merece um bom conforto
Expulsa o seu prematuro
Concebe o filho já morto
Ainda que nasça vivo
Joga na rua ou no porto

Na superioridade
Muita gente se confia
Cuidado pra não perder
A sua supremacia
Porque o Deus que lhe deu
Poderá tomar um dia

A árvore florífera morre
As flores sofrem a ofensa
Se alguém lhe ensina o mal
Saia dele e não der crença
Faça o que Deus acha certo
E não o que o outro pensa

Nesta vida passageira
Vai-se o bom e o ruim
Morre o velho e o novo
É certo o não e o sim
Porque o que tem começo
Um dia terá seu fim









Em todo canto o sinistro
E a tragédia acontece
E quando o momento é trágico
A vitima sempre padece
O povo ver o exemplo
Mas no erro permanece

O radar do tempo tem
Técnica e equipamento
Mede a carreira da vida
Passada e comportamento
Até a velocidade
Que Deus colocou no vento

Não sou de gesticular
E nunca gostei de gesto
Quem faz isto é muito ruim
Este costume eu detesto
Gesticulação é feia
E quem faz não é modesto

O diabo também tem uma
Legião ao seu dispor
O seu exercito é maldoso
Voraz e destruidor
Onde ele se apresenta
Há medo pânico e terror

Quem não faz nada é quem vence
Mas quem trabalha padece
Faz-me lembrar do adágio
Que o mundo todo conhece
É como diz o ditado
Quem mas faz menos merece

Desafeição desamor
É mesmo que desafeto
Desadorar detestar
Acho que não é correto
Abominar é terrível
Mas somente Deus é reto






É grande a vacuidade
Que a imensidão tem
Todo espaço é avocou
Como a alma de alguém
Que não conhecem Jesus
Por ser vazia também

Há um grupo de pessoas
Que não conhecem Jesus
Não quer claro só quer treva
Quer escuro e não quer luz
E pensam que Cristo ainda
Está morto lá na cruz

Este pequeno livrinho
Vai lhe servir de lição
Fala do bem e do mal
De desonra e união
E serve ate de espelho
Numas coisas e noutras não

Nós sabemos que o joio
Simboliza o inimigo
Esta erva venenosa
Cresse sufocando o trigo
Quem não cuidar bem da messe
Pode enfrentar o perigo

Eu já tenho por certeza
A morte que me ataca
Não posso brigar com ela
Nem no tiro nem na faca
E se for brigar no murro
Ela me desce a macaca

Através do verso eu dou
Um conselho a juventude
Não zombe do pobre velho
Doente sem ter saúde
Você fazendo por ele
Deus lhe dar paz e virtude

É preciso de renuncia
Pra se fazer convenção
Ser negado do diabo
Saber amar seu irmão
Não é ser religioso
Nem crer em religião


Temos que tencionar
E planejar com cautela
Ter tendência pro trabalho
Se a vocação for bela
A vida real não é
Como ávida da novela

Não quero intermediário
No meu assunto de amor
Não gosto de alcoviteiro
E falo assim sem temor
Quem é da alcovitice
Não passa de traidor

Não vou alcunhar alguém
Nem tão pouco apelidar
A alcunha não faz bem
Quem procura quer brigar
Por causa de apelido
Já vi alguém se matar

Quem ver o perigo perto
Fala e com a mão acena
Antes de acontecer
No mundo uma triste sena
Mas quem errar se corrija
Porque se não Deus condena

Por orgulho ou egoísmo
Temos que fazer contato
Pra entre o mal e o bem
Não existir mais contato
Pro crime sair do mundo
Levando o assassinato

Não acredito em mãe dagua
Emanjar nem seu encanto
Candomblé nem bruxaria
Nem mãe e nem pai de santo
Mas sei que falso profeta
Hoje existe em todo canto

Agente ainda se encontra
Em qualquer encruzilhada
Qualquer hora ou qualquer dia
De noite ou de madrugada
Assim você saberá
Que nós não somos de nada


Padre e freira não se casam
Padecem na solidão
Um diz ser casto outra é casta
Pregam contra a relação
Por isso o mundo de hoje
Tem tanta esculhambação

Um futuro sem futuro
É o seu futuro agora
Seu coração não se alegra
Sua alma triste chora
Porque a droga maldita
Aos poucos lhe devora

Poligênia também
Não é pros homens fieis
Quem possui muitas mulheres
Esta manchando os papéis
Onde existe um prostíbulo
Eu não boto nem meus pés

Você pode estar eufórico
Repleto de alegria
Seu bem estar lhe anima
Seu clima é de euforia
Mas saiba que os prazeres
Da carne se acabam um dia

Deixe essas caramiolas
Que fantasia é mentira
É uma coisa do mal
Que o bem não admira
Doido é o homem sincero
Que no erro se atira

Saia desta iracundia
Não seja tão iracundo
Iracivel iroso irado
Propenso maldoso imundo
Saiba que ódio é do diabo
E nele eu não me aprofundo

É elícito que aconteça
O que não é permitido
É lógico que pela lei
O escândalo é proibido
Quem descer que o erro é certo
Não foi nem é convertido


Não gosto de lisonjeiro
E nem de prometedor
Quem lisonjeia de mais
É xeleléu sofredor
É corta jaca e babão
Duas classes sem valor

Tem gente que leva o tempo
Da vida a lisonjear
As lisonjas vão e vem
Sempre pensa em agradar
Baba e recebe louvor
E não deixa de babar

O homem veio na terra
Pra comprir uma missão
Um faz mal outro faz bem
E faz a execução
Só não pode é morrer antes
De aprender a lição

Quem sente saudade escreve
Para vencer a distancia
Quem tem tristeza tem dor
Quem é carente tem ancia
Quem quer usar bom perfume
Escolhe boa fragrância

Para parar um cavalo
Tem que puxar pelo o freio
Carro decendo ladeira
Só presta se tiver freio
Ou pode se acabar tudo
Mesmo encontrando bloqueio

Hipnótico é substancia
Que faz um alguém dormir
Cuidado com o sonífero
Se alguém quiser te iludir
Mesmo você sendo esperto
No sono pode cair

Aproximo-me do bem
Afasto-me do ruim
Desvio-me da tristeza
Digo não porque assim
Eu me afasto de quem
Só queria ver meu fim


No mundo de incerteza
O que era já passou
Tem gente que se orgulha
Diz eu sou é porque sou
Enquanto Deus diz assim
Foi perdido o que pensou

Tem tolo que diz assim
Eu viro eu faço e acontece
Faz tudo quanto é ruim
E no erro permanece
Lembra de fazer o mal
E do bem ele se esquece

A palavra de Deus é
Quente e entra como bala
É espada de dois Gomes
Que corta o fôlego e a fala
Quem não sabe o que dizer
Entope a boca e se cala

Lá na casa que Deus mora
Só entra quem tem respeito
Quem deixa a estrada larga
E segue o caminho estreito
O seu é um lugar santo
Ninguém vai de todo jeito

Se eu fosse autoridade
Eu faria esse decreto
Contra a mãe que faz aborto
E no ventre mata o feto
E depois lhe joga fora
Como qualquer objeto

Desigualdade social

Desigualdade social
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva


Porem da realidade
Tem muita gente distante
Alguém que se acha rico
Por ter um cargo importante
Julga-se superior
E pisa seu semelhante

Conheço gente arrogante
Que por ser superior
Quer humilhar e cuspir
Quem tem nível inferior
Gente assim não é amada
E nem conhece o amor

O pobre é inferior
Ao homem da burguesia
Tem alguém que olha o pobre
Com gesto de zombaria
Mas a sua carne podre
A terra mastiga um dia

Tem fazendeiro que cria
Carneiro porco e bezerro
Tem casa carro e dinheiro
E diz que não cai no erro
Mas mata o pobre escondido
E depois faz o enterro

Tem alguém que aponta o erro
De alguém que está errado
Mas se um dia ficar
No lugar do condenado
Irá saber com certeza
Como é ruim ser julgado

Quem julgar vai ser julgado
Seja rico, ou seja, pobre.
No tribunal de Jesus
Testemunha não encobre
Tudo que ta em sigilo
Miguel arcanjo descobre









Tem rico que ver o pobre
Lá na rua a mendigar
Quando o pobre se aproxima
Ele manda se afastar
Nem pega na mão do pobre
Por que não quer se sujar

Eu conheço marajá
Cafajeste e maluvido
Cretino hipócrita e falso
Muito mais do que fingido
Que quer da uma de bom
E é o pior bandido

Tem homem rico exibido
Com preconceito e lambança
Que jura e massacra o pobre
Sem dar sinal de esperança
Por qualquer coisinha besta
Forja logo uma vingança

Alguém com desconfiança
Mau pensamento maquina
Junto com um outro algoz
Mais de um crime combina
Porque a traz de crescer
Mente rouba e assassina

Tem alguém que se inclina
Só para fazer maldade
Inventa o que não ouviu
Com mentira e falsidade
Tem muita gente esquecendo
Do amor e da verdade

Não a mais autoridade
A injustiça é veneno
O grande fica maior
O pequeno, mas pequeno.
Com isso a impunidade
Vai ganhando mais terreno




O grande atinge o pequeno
Chama o pobre de imundo
De pobretão maltrapilho
De mendigo e vagabundo
Quer ser tudo e nada é
E vai pro buraco fundo

Conheço mulher de rico
Muito elegante e charmosa
Abre a boca e diz que é
Católica e religiosa
Tem nojo e raiva de pobre
A diz que é caridosa

O pobre sofre de mais
Com a discriminação
Chega-se perto do rico
Para apertar sua mão
Já fica o rico pensando
Que o coitado é ladrão

Vitima da acepção
Da classe da burguesia
Fica calado e não fala
Tudo que dizer queria
Mas se faltar paciência
Vai falar mais alto um dia

Bota-se uma mercearia
Um barraco ou um mercado
A vizinhança aproxima-se
Querendo comprar fiado
Com quinze dias pra frente
Fica falido e lascado

Do jeito que o rico gosta
O pobre gosta também
Rico gosta fazenda
De mansão e armazém
O pobre quer tudo isso
E sofre porque não tem

O rico gosta também
De carro e avião
O pobrezinho só anda
De bicicleta ou gangão
Carros e moto são caros
E lhe falta condição


Rico gosta de eleição
E vota com o escorreito
Se o pobre for candidato
É vitima do preconceito
Nem a pobreza lhe apóia
E ele não sai eleito

Um governante anarquista
Só gosta da anarquia
Começou anarquizar
Em vês de ordem é folia
Moral que é bom não tem
Nem de noite nem de dia


É bom nosso país ter
Cuidado com anarquismo
O município ou estado
Busque mais o realismo
Se não o país da gente
Vai entrar no grande abismo

O país que agente mora
É subdesenvolvido
Desenvolvimento baixo
Do normal eu tenho lido
Por isso está impedido
De ficar enriquecido

O pobre não é aceito
Não ganha nem o do caldo
Até na conta do banco
Ele não acha respaldo
Porque o dinheiro é pouco
Muito menor é o saldo

Não tem direito a um caldo
De batata ou macaxeira
Se for homem não é medico
Mulher só é enfermeira
Morre e não encontra espaço
Na política brasileira

Não hasteia uma bandeira
Estuda sem se formar
E no dia que inventa
De fazer vestibular
Se passar quem não passou
Quer tomar o seu lugar

O rico bebe no bar
Ele bebe na bodega
Cospe no pé do balcão
Puxa faca pro colega
Alguém liga pra policia
Chega o camburão e pega

Se for andar escorrega
Por ter o destino ingrato
Os políticos lhe prometem
Mas não comprem com o trato
Tem direito de votar
Mas não de ser candidato

Lavar roupa e cozinhar
Isto a mulher pobre faz
Porque emprego granfino
É só para marajás
Os políticos do Brasil
São mais do que desiguais

Depois que fica quebrado
Vendo a família sofrer
Os seus filhinhos com fome
E sem nada pra comer
Têm muitos que com desgosto
Perdem o gosto de viver

Se o pobre adoecer
E for para o hospital
A enfermeira lhe grita
O doutor lhe trata mal
Até a servente chega
Querendo mete lhe o pau

O pobre passando mal
No hospital grande prédio
Alem de outras doenças
Começa aumentar o tédio
Só porque a injeção
Não é o melhor remédio

Se ele for por intermédio
De alguém há uma campanha
O povo lhe desconhece
Todo mundo lhe estranha
Inda vindo pra ganhar
Perde tudo e nada ganha


Rico gosta de lasanha
De pizza de qualidade
Biscoito podinho e bolo
Para falar a verdade
O pobre quer tudo isso
Mas só fica na vontade

A dura realidade
Possui o maior desnível
É impossível fazer
Aquilo que é possível
Aceitamos sem querer
Mas não é admissível


Nada é incorrigível
Mas ninguém quer Dar o visto
Pra suportar essas coisas
Peço força a Jesus Cristo
Pois sem a força de Deus
Eu confesso que desisto

Parece que o imprevisto
Vive perseguindo o pobre
Se ele esconde no canto
Chega alguém e lhe descobre
Não tem a felicidade
De quem nasceu pra ser nobre

Eu conheço um homem pobre
Que tem mulher prostituta
Tem um filho travesti
E uma filha que é puta
No lamaçal da favela
Fala e ninguém lhe escuta

Se a mulher do rico é puta
Alguém chama meretriz
Se o rico leva um chifre
É traído em meu país
Até pra ser corno ou quenga
Se for rico é mais feliz

O rico tem o que quis
Pobre não tem o que quer
Rico é marido e esposo
Pobre é macho e fêmia qualquer
Outros chamam amancebados
Conforme o povo quiser

Todo pobre é um qualquer
O rico tem elogio
Um dormindo no calor
Outro dormindo no frio
O grande ataca o pequeno
Que morre no desafio

Nosso Brasil ta sofrendo
Queda de capitalismo
O sistema social
Esta entrando no abismo
Mais parado do que velho
Que esta com reumatismo