Poeta Raimundo Nonato

sábado, 9 de junho de 2012

A esperteza da cobra

A esperteza da cobra
Autor poeta
Raimundo Nonato da silva

Cobra é animal valente
Já mais ela se intimida
Enrola-se e arma o bote
E se faz de esquecida
Para ninguém perceber
E o inimigo esquecer
Pra ela dar a mordida

Cobra é animal sagaz
Briga e mata sem desordem
Não é bom brincar com cobra
Olhe não durma se acorde
Serpente ninguém manobra
Quem meche com muitas cobras
Qualquer dia uma lhe morde

Eu conheço um homem cobra
Um amigão do passado
Que alguém buliu com ele
E não teve um bom resultado
Como a conta à cobra, cobra.
Foi mordido pela a cobra
E morreu envenenado

Morreu bastante enganado
Por não usar o juízo
Foi bater na cobra errou
Teve grande prejuízo
Uma pessoa indefesa
Mais foi pego de surpresa
Que cobra não manda aviso

Cobra animal usa a presa
Homem cobra faca ou bala
Cabra metido a valente
Com um tiro ou dois se cala
A boca e é para sempre
Olhe medite e contemple
Que morto homem nem um fala

Não mecha com cascavel
Com jararaca ou coral
Meu primo bateu na cobra
E no fim só se deu mal
Escapou fedendo cego
Na cama do hospital




Cobra esperta é sucuri
Não corre nem dá pinote
É só caça presa grande
Acerta e não erra o bote
Em tempo ou fora de tempo
Já mais vai perder seu tempo
Com sapo rã e caçote

Ai de quem bater em cobra
Que se errar a batida
Pra sempre está preocupado
Sem sossego na dormida
Se vir que erra não bata
Quem bata em cobra e não mata
Pode esperar a mordida

Cobra é astuta e esperta
No bom clima ou no mau clima
Em me lembro que um dia
O filho da minha prima
Bateu na cobra e errou
Mais ela o boto acertou
E ele caiu por cima

Eu conheço um homem cobra
Esperto não faz zoada
Que alguém foi bater nele
E errou a cacetada
E a cobra lhe mordeu
O inocente morreu
Apenas com uma dentada

Sucuri engole gente
A ninguém ela se dobra
Grande anda como um carro
Fazendo curva e manobra
Eu vi em capina grande
Uma mulher do bucho grande
Só porque mexeu com cobra

Cobra grande fina e grossa
Tem cobra de todo jeito
Tem cobra à filada e chata
Com rabo longo e estreito
Mais eu nunca vi em cobra
Umbigo sovaco e peito
Eu conheço uma mocinha
Filha de um amigo meu
Que foi brincar com a cobra
Veja o que aconteceu
Hoje é uma ex-donzela
Depois que a cobra entrou nela
O bucho dela cresceu

 Cobra não perdoa nada
Não tem medo nem se muda
Mulher que brinca com cobra
Periga ficar buchuda
Já disse a dona Zezé
Quem avisa amigo é
Bom conselho sempre ajuda










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