Poeta Raimundo Nonato

terça-feira, 3 de julho de 2012

Ornamento de vaqueiro

Ornamento de vaqueiro
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva

Chapéu chicote e espora
O guarda peito e gibão
Bota perneira e fivela
Enfeitando o cinturão
Estes são todos os enfeites
Do vaqueiro do sertão hei

Manga-larga ou alazão
Quarto de milha ligeiro
Uma casa de alpendre
Gado enfeitando o terreiro
Tudo isso é o retrato
Do homem que é vaqueiro hei

Esteira sela e arreio
Bom bonito e enfeitado
Feito de couro curtido
Se for de couro de gado
Deixa o cavalo bonito
Pra vaquejada e pro prado hei

Cuscuz leite e rapadura
Maça cabelo e coalhada
Pirão angu e manteiga
Queijo e nata e carne assada
Mungunzá branco é comida
De quem corre em vaquejada hei

Gado vaqueiro e cavalo
Não é conversa de lenda
Três elementos que formam
Apenas só uma tenda
Se não fossem essas três coisas
Não existia fazenda hei

Cerca de arame e curral
De madeira é tão bonito
O aboio do vaqueiro
Entoado em belo grito
Se não tivessem essas coisas
O sertão era esquisito hei





Chiqueirar e tirar leite
Cuidar de vaca e nu via
Faz até parte de vaca
Quando ela está pra da cria
O vaqueiro do sertão
Trabalha assim todo dia hei

Esta vida de vaqueiro
Só luta quem tem traquejo
Eu já contei pra vocês
Realizando um deseja
Conheçam um pouco da vida
Do vaqueiro sertanejo hei


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