Poeta Raimundo Nonato

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Solidão
Autor poeta
Raimundo Nonato da silva

O cárcere da solidão
De pouco a pouco me arrasa
Como um peixe fora da água
Um pássaro que perdeu uma asa
Sinto-me sem liberdade
Até quando estou em casa

Cavaleiro solitário
Na cela da solidão
Sinto-me como um escravo
Que espera a abolição
E a carta de alforria
Que lhe dê libertação

Nunca pensei que um dia
Eu ficasse triste assim
E com medo de mim mesmo
Tenho fugido de mim
O que será do meu eu
Se me encontrar no fim

Eu queria me esconder
Pra nunca mais me achar
Perdi-me escondendo
Quando fui me procurar
Não sei onde me escondi
Que não pude me encontrar

Estou em algum lugar
Só não sei o endereço
Já procurei me lembrar
Mas, agora reconheço.
Que eu tenho que votar
Para um novo recomeço

A alma grita pro corpo
Estou a sua procura
E corpo responde a alma
Não vamos fazer mistura
A vida é feita de tudo
De amargor e doçura


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