Poeta Raimundo Nonato

sexta-feira, 8 de março de 2013



Gonzagão e Virgulino
Raimundo Nonato

Lampião e Luiz Gonzaga
São dois ícones do sertão
Um foi o rei do cangaço
 E outro o rei do baião
Gonzagão com seu forró
Alegrou todo nordeste
Lampião defendia os pobres
Com os seus cabras da peste

Luiz com grupo usava
Fole zabumba e pandeiro
O triangulo e o chocalho
Em seu ritmo forrozeiro
Lampião com o seu bando
No nordeste do Brasil
Usava punhal e faca
O seu rifle e o fuzil

Gonzagão aonde chegava
O povo tinha alegria
Onde Lampião passava
Rico com medo corria
Gonzagão era famoso
Por ser o rei do baião
Mais como o rei do cangaço
Famoso foi Lampião

Luiz nasceu no Exu
E Lampião em Angicos
Um fez do mato o seu trono
Outro conviveu com os ricos
Dois reis que nasceram pobres
Cada um ficou famoso
Um por tocar seu baião
Outro por ser corajoso

Dois filhos do Pernambuco
Gonzagão e virgulino
Chapéu de couro a coroa
Símbolo do rei nordestino
Foi poeta e sanfoneiro
Lampião muito inspirado
E do seu bando nasceu
A tal dança do xaxado

São dois reis e duas historias
De um povo de uma só terra
Um do trono forró
Outro do trono da guerra
Luiz Gonzaga gostava
Do frade frei Damião
Lampião era afilhado
Do padre Cícero Romão

Nas quadrilhas de forró
Cada um tem seu espaço
Os símbolos de Gonzagão
E os do rei do cangaço
Nos blocos carnavalescos
Terão o mesmo destino
Se unirem em um só bloco
Gonzagão e virgulino

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