Poeta Raimundo Nonato

segunda-feira, 25 de março de 2013



Declaração
Raimundo Nonato

Mesmo sem ser tua sombra
Eu quero seguir teus passos
Meus músculos são travesseiros
E no leito dos meus braços
Eu quero que você deite
E peço a você que aceite
Carinhos beijos e abraços

Eu sem você não sou nada
Meu coração sem o seu
Se eu ficar sem você
Se você ficar sem eu
Nós somos dois vivos mortos
Com coração que morreu

Eu quero sê carne e unha
Com minha cara metade
Metade que me completa
Alma gemia de verdade
Meu motivo de alegria
E minha felicidade

Declaro a realidade
Porque sei que é assim
Não sei viver sem você
E sei que você sem mim
Sem eu você fica triste
Ficar sem ti é meu fim

Fome e sede de amor
Que vontade de te amar
Meu corpo deseja o seu
Para se alimentar
Na fonte do seu amor
Eu quero me saciar

Eu e você e você e eu
Fazendo uma linda junção
Do meu coração com o seu
Tornando um só coração
Duas vidas numa só vida
É amor mais que paixão





Saudade
Raimundo Nonato

A saudade em mim é tanta
Que o coração geme e chora
Hoje mesmo o meu coração
Pulou do peito pra fora
Sai correndo atrás dele
E se não pegasse ele
Eu não estava aqui agora

Um dia desses lá em casa
Escorado na janela
Quando passou na calçada
A minha ex-linda e bela
Meu coração satisfeito
Só faltou sair do peito
E sai correndo atrás dela

Meus olhos não têm mais lagrimas
A garganta está tampada
E com insônia não durmo
Dia noite e madrugada
Faço companhia a noite
Que também vive acordada

Se saudade fosse água
E solidão alimento
Pra saciar fome e sede
Na escassez de um sedento
Para quem está tão sozinho
Um banquete de carinho
Agora era um bom momento

Amor ausência e saudade
Encheram o meu coração
E me falta onde botar
Carinho desejo e paixão
Bêbado de paixão corpo tomba
Meu peito está como uma bumba
Vejo a hora uma explosão

Raimundo Nonato

Sou garçom do bar do amor
Mulher linda igual a você
Seu sorriso é a gorjeta
Seu olhar é meu cachê
Pela beleza que vejo
To convicto que seu beijo
É doce como glacê

Raimundo nonato

Saudade não é agulha
Mais fura como um espinho
Ela fura o coração
Pouco a pouco é de pouquinho
Que ela fura o coração
Que está na solidão
Precisando de carinho

Saudade como um espinho
Fura o coração aflito
Com as pontadas no peito
Eu digo ai choro e grito
O meu coração sangrado
Está muito mais furado
Que tabua de pirulito

Raimundo Nonato

Saudade faz um sofrer
E outro chorar com pena
Quem sente a dor da saudade
Sabe que não é pequena
Que o coração se espatifa
Fica pifa mais não pifa
Igual ao de dona Helena

Estava escutando o radio
Ouvi dona Helena falar
Assim que o radialista
A colocou-a no ar
No tempo de Maranhão
To aqui com coração
Que ta em tempo de pifar

 Raimundo Nonato

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