Poeta Raimundo Nonato

segunda-feira, 11 de março de 2013



Depois que o inteligente
Perder sua sensatez
É capaz de nunca mais
Encontrar a lucidez
E matar sonhos e planos
E no mar dos desenganos
Afogar tudo que fez

Vou procurar coisas boas
Para me e para os meus
Deus não quer nada ruim
Pra nem um dos filhos seus
Mesmo que eu seja o menor
Vou procurar o melhor
Isso eu aprendi com Deus

Não há maior do que Deus
E Deus não quer nada ruim
Deus gosta de coisas boas
E eu também sou assim
Eu sei que pequeno sou
Mais é que Deus me ensinou
Querer o melhor pra mim

Querer o melhor pra mim
Não é eu ser egoísta
É repartir com o próximo
Ser humano e altruísta
E me desviar do mal
Compartilhando a conquista

As coisas que nunca vi
Raimundo Nonato

Nunca vi um urubu
Cantar e dá nem um pio
Um pássaro voar sem asas
Um peixe tremer com frio
Nem gato amigo do rato
Na hora do desafio

Nem o mar correr pro rio
O rio corre pro mar
Raposa unir com cachorro
Não é fácil se encontrar
E comido sem sabor
A gente achar paladar

Peixe saber nadar
E fora da água viver
Morto sem ser sepultado
E vivo pra não morrer
E fofoqueiro guardar
O segredo sem dizer

Água que não mate a sede
Perfume sem ser cheiroso
Ladrão que nunca roubou
E nem valente medroso
Ver rico humilde é difícil
Mais já vi pobre orgulhoso

Verdadeiro mentiroso
E nem infiel leal
Nem comida com sabor
Se ela não tiver sal
Nem pobre sobreviver
Sem ter no bolso um real

O bem transformado em mal
Nem doente com saúde
Intelectual dizer
Sou analfabeto e rude
E alguém que nunca teve
Uma boa ou má virtude

Esgotar mar com balaio
Tapar o sol com peneira
Nem uma burra dar cria
Nem uma jia leiteira
Nunca vi vaca voando
Esta ai e a primeira

Vamos lutar pela vida
Pela a paz e a saúde
O mundo todo precisa
De homens de atitude
Bote a coragem em destaque
Vamos acabar o claque
Que destrói a juventude

Raimundo Nonato






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