Poeta Raimundo Nonato

sábado, 9 de março de 2013



Sonhado com ex-amor
Autor poeta
Raimundo Nonato da silva

Ontem eu sonhei com alguém
Que já amei no passado
A qual foi a minha amada
E eu dela fui namorado
Apareceu-me em um sonho
Para me dá um recado

Eu estava adormecendo
Quando eu a vi chegar
Com um manto azul e branco
E começou me falar
Dizendo assim meu amor
Eu vim lhe aconselhar

Pare de se maltratar
Meu bem deixe de beber
Na viva mais pelos os bares
Pare de tanto sofrer
Por favor, viva por mim.
Já que não pude viver

Procure me esquecer
E arranje um outro alguém
Procure alguém que te ame
Como eu te amei também
Você foi fiel comigo
Não me traiu com ninguém

Ela disse você tem
Que tentar ser forte agora
Não chore mais meu amor
Meu bem estou indo embora
E quando fui beijar ela
Eu me acordei na hora

Sonhei com a minha amada
Amor que deixou raiz
Mandando-me tirar do peito
A dor e a cicatriz
Mesmo em sonho ela pediu-me
Que eu vivesse feliz





Ornamento de vaqueiro
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva

Chapéu chicote e espora
O guarda peito e gibão
Bota perneira e fivela
Enfeitando o cinturão
Estes são todos os enfeites
Do vaqueiro do sertão hei

Manga-larga ou alazão
Quarto de milha ligeiro
Uma casa de alpendre
Gado enfeitando o terreiro
Tudo isso é o retrato
Do homem que é vaqueiro hei

Esteira sela e arreio
Bom bonito e enfeitado
Feito de couro curtido
Se for de couro de gado
Deixa o cavalo bonito
Pra vaquejada e pro prado hei

Cuscuz leite e rapadura
Maça cabelo e coalhada
Pirão angu e manteiga
Queijo e nata e carne assada
Mungunzá branco é comida
De quem corre em vaquejada hei

Gado vaqueiro e cavalo
Não é conversa de lenda
Três elementos que formam
Apenas só uma tenda
Se não fossem essas três coisas
Não existia fazenda hei

Cerca de arame e curral
De madeira é tão bonito
O aboio do vaqueiro
Entoado em belo grito
Se não tivessem essas coisas
O sertão era esquisito hei





Chiqueirar e tirar leite
Cuidar de vaca e nu via
Faz até parte de vaca
Quando ela está pra da cria
O vaqueiro do sertão
Trabalha assim todo dia hei

Esta vida de vaqueiro
Só luta quem tem traquejo
Eu já contei pra vocês
Realizando um deseja
Conheçam um pouco da vida
Do vaqueiro sertanejo hei


O vaqueiro e o poeta
Autor poeta
Raimundo Nonato da silva

Já escreveram poemas
De vaqueiro a toda hora
Mas, ontem ao dormi sonhei.
Com uma voz linda e sonora
Dizendo você escreva
Vaqueiro e poeta agra hei

O vaqueiro e o poeta
Cada um é sofredor
Um vive sujeito à queda
E outro sujeito a dor
Mais são dois guerreiros fortes
No assunto de amor hei

O vaqueiro e o poeta
Cada um compre o destino
Um corre e o outro anda
Desde o tempo de menino
Mais são dois apaixonados
Pelo campo nordestino hei

O poeta e o vaqueiro
No assunto verdadeiro
Diz um eu quero as mulheres
Que tem no Brasil inteiro
O outro diz eu só quero
A filha do fazendeiro hei




O poeta e o vaqueiro
Nem sempre são bem aceitos
Um canto chamando o povo
Para pagar seus direitos
Outro abóia e chama as vacas
E colhe o que tem nos peitos hei

Quando um aperta no peito
Outro aperta na tarraxa
Para cantar um se assenta
Pra tirar leite outro agacha
Um vive do que trabalha
Outro do que canta ou acha hei

O vaqueiro e o poeta
Nunca levam desaforo
É a viola e o aboio
Trazendo emoção no choro
Para os dois campeões fortes
No assunto de namoro hei

O poeta e o vaqueiro
Cada um é preparado
Um do patrão sofre abuso
Pelo o povo outro é humilhado
É um cantando pro povo
Outro aboiando pro gado hei

O poeta e o vaqueiro
Sempre estão pegando embalo
 Diz um eu tristonho choro
Outro diz triste me calo
Um entrando no transporte
E outro andando acavalo hei

Já que aquela voz bonita
Aproximou-se de mim
Pediu que eu fizesse o poema
E depois cantasse assim
Proteja quem for poeta
E vaqueiro até o fim hei









Consulta de amor
Autor poeta
Raimundo Nonato da Silva

Fui fazer uma consulta
No consultório do amor
E falei com o doutor
Passe-me o medicamento
E o medico do sentimento
Disse amor só amor cura
Se não tem vá à procura
Não morro no sofrimento

Amor de amor é remédio
As chamas do amor são fortes
E dói como a dor da morte
Não passa com injeção
Não tem analgésico bom
E nem antiinflamatório
Aqui no meu consultório
Só paixão cura paixão

Anestesia eu não garanto
Soro é perdido por que
A dor que está em você
Somente o amor desinflama
Não perca o tempo comigo
Tome um conselho de amigo
Se não quer sofrer castigo
Procure a mulher que ama

Não tem bússola que costure
A cicatriz do amor
Antibiótico na dor
Do coração é perdido
Seu peito está dolorido
Quer sara a cavidade
Procure amor de verdade
Que estará garantido

Beba um xarope de beijos
Uma injeção de carinho
E siga no seu caminho
Com sua cara metade
Bata um raio xis de flerte
Pisque pra mulher amada
E só assim camarada
Você tem felicidade




















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