Poeta Raimundo Nonato

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A vida de Assis Barbosa

A vida de Assis Barbosa

Autor poeta

Raimundo nonato da Silva

Francisco Joaquim da silva

O famoso Assis Barbosa

Foi um grande sertanejo

E homem de boa prosa

Um brasileiro excelente

Que teve uma vida honrosa

Filho de Joaquim Barbosa

E de dona Conceição

Assis Barbosa nasceu

Ali no sitio pinhão

Deu tudo de si lutando

Pela sua região

Um filho de Víeirópolis

A onde ele mais viveu

Foi em mil e nove centos

E doze que ele nasceu

Dia quatro de janeiro

Sua mãe lhe concebeu

Era latifundiário

Patrão de muitos meeiros

Abrigava muita gente

Ajudou muitos roceiros

Na região foi mais um

Dos maiores fazendeiros

Trabalhava com os brejeiros

Na fazenda do bom fim

No chique e chique também

E no Paquetá em fim

Foi bom pros trabalhadores

Ninguém lhe achava ruim

A mulher de Assis Barbosa

Chamava-se de Chiquinha

Ele era o rei da casa

E ela era a rainha

Os dois eram conhecidos

Lá na região todinha

Tinham sete filhos homens

Cada um especial

Joaquim, Chico, Zé e Augusto.

Também Mazinho e Sinval

Sem esquecer doutor Joca

Que mora na capital

Tem quatro filhos formados

Cada um tem garantia

Augusto é grande analista

Zé na farmacologia

Mazinho diretor de escola

Joca na advocacia

Já Joaquim Sinval e Chico

Também possuem seus valores

São agros pecuaristas

E como bons agricultores

Puxaram ao pai trabalhando

Por serem batalhadores

As cinco filhas mulheres

Neci Maria e Creusinha

Não posso esquecer Jasmira

Pessoa de alta linha

Deixei pra falar por último

Na sua filha Tiquinha

Era irmão de Domicilia

Chiquinha Quinor e Santo

Irmão de Deca e Maria

Levando mais adiante

Tio Assis Barbosa tinha

Família por todo canto

Gostava muito de puía

Sempre contava piada

Um cidadão de verdade

Decifrador de charada

Assis Barbosa era assim

Nunca se perdeu em nada

Possuía muitos carros

Gostava de caminhão

Era criador de gado

Comprador de algodão

Seu primeiro motorista

Foi seu genro João melão

Tinha quatro chapeados

Eu ainda estou lembrado

Dindinha e Chico Camilo

E Isidoro falado

Não posso esquecer de Antônio

Filho de Cícero machado

Assis era um homem honesto

De responsabilidade

Não gostava do alheio

E porque tinha bondade

Tornou-se o patrão mais justo

Da nossa comunidade

Fazia muitos forróis

E gostava de dançar

Era animado e fazia

O povo se animar

Assis levava alegria

Chegando a qualquer lugar

Era muito brincalhão

Vivia muito feliz

Na nossa terra deixou

Muito mais de uma raiz

O povo do pinhão sente

Saudade do velho Assis

Na fazenda do bom fim

Ainda tem o casarão

A casa grande também

Ainda resta no pinhão

Quem olha pra ela sente

Saudade e recordação

Foi avô de muitos netos

Tinha bisnetos também

Muito amado por seu povo

Todos lhe queriam bem

Só porque Assis Barbosa

Era um cidadão de bem

As terras do Paraná

Da Quixaba e do madeiro

As quais hoje são dos seus filhos

Que cada um é herdeiro

E daquela região

Ele era o pioneiro

Era amigo de Zé Julho

E de Olegário Moreira

Assis Moreira e nonato

E de todos da ribeira

E da família ´Emídio

Uma família de primeira

Amigo de Zé Gadelha

Votava no seu partido

Foi bom pai para os seus filhos

Por todos era querido

Foi o chefe do pinhão

Já mais será esquecido

Era amigo de Zué

E patrão de Antônio Culhado

Amigo de Chico Romão

E de Antônio Machado

O finado Miro e Nozinho

Eu também estou lembrado

Cada um nasce e se cria

E compõe a sua historia

Assis Barbosa é um homem

Que sempre alcançou vitória

Morreu com noventa e três anos

Lúcido e com boa memória

Chegou à virilidade

Cego sem enxergar mais

Tal vês sentindo saudade

Dos tempos bons de atrás

E da casa do pinhão

Da família e dos seus pais

Mas como este mundo é triste

De dor e de agonia

Todo mundo nasce e morre

Todos partirão um dia

E morreu Assis Barbosa

Que tanto deu alegria

Morreu lá em Marizópolis

Longe da terra querida

Maria segunda mulher

Ajudou-lhe na guarida

E consolou tio Assis

Nas horas tristes da vida

Agamemnom também era

De Assis um braço forte

Na saúde e na doença

Na vida e também na morte

Estava ao lado do pai

Foi ele um grande suporte

Por ser poeta da terra

Eu também o conhecia

Fiz união com a rima

E chamei a poesia

Para descrever em versos

Uma simples cronologia

Eu falei apenas um pouco

É bom que ninguém se gabe

Da vida Assis Barbosa

Todo mundo agora sabe

Eu só não falo mais coisas

Porque o papel não cabe

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