Poeta Raimundo Nonato

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Poema a morte de Isabela

A vinte e nove de março
Noite triste foi aquela
Nossos jornais brasileiros
Ao mundo todo revela
A barbára fatalidade
Da morte de Isabela
Faltando vinte e um dias
Para os seis anos de idade
Morreu em dois mil e oito
Vitíma da atrocidade
Sua mãe não se consola
Seus colegas de escola
Choram e sentem saudade
No momento de fraqueza
Um ato brutal daquele
Um monstro disse que um monstro
Matou a filha dele
Isto o monstro planejou
O monstro não só falou
Que o monstro não tinha sido ele
O Brasil todo lamenta
E sua mãe verdadeira
Peço a Deus dê força a Ana Caroline de Oliveira
Que a dor da perda da filha
Abalou-lhe por inteira
Quem tinha uma vida linda
Morreu sem poder viver
Teve a vida interrompida
Na estrada do cescer
Deus dê coração ao monstro
Para ele se arrepender
Não tem terceiro suspeito
Como Alexandre compôs
Se tiver terceiro e quarta
São as sombras deles dois
E os remorsos do crime
Eles sentirão depois
A palavra de Deus pede
Para liberarmos o perdão
Deus diz assim ninguém faça
Justiça com a própria mão
Quem mata dois assassinos
Também tem mau coração
A vingança e a justiça
Pertence a Deus pai dos pais
Lembre-se que Jesus morreu
Para dá a vida Barrabás
Chaga de crime e vingança
Queremos amor e paz
Veja a defesa empurrando
O caso com a barriga
Se a justiça falhar
Mas a mão de Deus castiga
Um pai que tem um sangue frio
E uma madrasta inimiga
Quem foi quem asfixiou
Quem foi quem cortou a tela
Quem lhe puxou pelas mãos
E atirou pela janela
Não deu prova de quem ama
O Brasil inteiro clama
Justiça por Isabela.
Autor(Poeta Paimundo) 01/04/2010

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